A resolução da Rússia apresentava uma proposta de cessar-fogo imediato, abertura de corredores humanitários e liberação de reféns com segurança.
Segundo a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, o texto foi rejeitado porque não condenava diretamente as ações do Hamas. De acordo com ela, não mencionar o grupo extremista a qualquer momento faz com que a Rússia dê cobertura a eles. “Ignora o terrorismo do Hamas e desonra suas vítimas”, afirmou.
A resolução ainda pede pausas humanitárias para que ajudar possa ser levada a civis.
O Conselho de Segurança tem cinco membros permanentes (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) e outros 10 que fazem parte do conselho roativo (Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes).
A ofensiva no Oriente Médio começou após o Hamas realizar um ataque surpresa em Israel no último dia 7. Na ocasião, o grupo radical bombardeou o sul israelense com mais de 5 mil foguetes. Além do ataque aéreo, militantes do grupo se infiltraram em território israelense por água e terra, em uma incursão sem precedentes com homens armados no sul do país.
Depois disso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao grupo.
Após o fim do prazo dado pelo país, o Exército israelense intensificou os ataques contra Gaza, em contraofensiva.
De acordo com a agência da ONU que apoia os refugiados palestinos (UNRWA), em torno de 1 milhão de moradores de Gaza deixaram suas casas fugindo dos ataques. No sul da Faixa de Gaza, a situação já é “insuportável”, segundo a ONU, com famílias chegando a abrigos que não têm alimento, eletricidade, remédios e outros itens básicos para recepcioná-las.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.