O presidente da República Dominicana, Luis Abinader, anunciou na última quinta-feira (14), que o país iria fechar as fronteiras com o Haiti. A decisão vem após reuniões entre os dois líderes de Estado, que tentavam chegar a um acordo acerca dos conflitos sobre acesso à água do rio Massacre.
As fronteiras foram fechadas na manhã desta sexta-feira (15), incluindo a travessia de fronteiras aéreas, terrestres e marítimas.
O Governo dominicano é extremamente contra a construção de um canal que desvie as águas do rio Massacre para o Haiti, criando uma fronteira natural entre os dois países.
O presidente dominicano já havia pedido o fechamento da principal passagem fronteiriça com o Haiti, na última segunda-feira (11). Além disso, foi decretado a suspensão dos vistos para haitianos ou que estejam envolvidos no conflito no Haiti — pessoas que estão lutando pela construção do canal.
Em um comunicado, o Haiti informou que o país “pode decidir soberanamente sobre a exploração dos seus recursos naturais”. Eles acrescentam que a República Dominicana compartilha o rio, e “tem todo o direito de fazer ali captações [tomadas de água], segundo o acordo de 1929. O Governo da República do Haiti tomará todas as medidas necessárias para proteger os interesses do povo haitiano”.
“O diálogo estava em andamento e bem encaminhado entre a delegação haitiana, devidamente autorizada, com seus homólogos dominicanos da Comissão Binacional, no Ministério das Relações Exteriores dominicano, na República Dominicana, quando o anúncio unilateral do presidente da República Dominicana de encerrar suas fronteiras”, disse o Governo haitiano.
Eles pedem que a população mantenha a calma, e que estão tomando as medidas necessárias para irrigar as planícies de Maribahoux, seguindo as normas e sob a supervisão dosMinistérios da Agricultura, Recursos Naturais e Rural e Desenvolvimento Ambiental.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.