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MATO GROSSO

Repasse de R$ 60 milhões vai garantir mão de obra para construção de 1.899 casas populares

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O governador Mauro Mendes autorizou, nesta terça-feira (17.10), o repasse de mais de R$ 60 milhões para 44 municípios, como forma de fortalecer o programa Ser Família Habitação. Os recursos serão repassados como um aditivo para os convênios formalizados, para que as prefeituras possam contratar a mão de obra necessária para a construção das casas populares.

O programa SER Família Habitação foi idealizado pela primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, e é realizado pelas Secretarias de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT) e de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT).

O governador explicou que muitos prefeitos chegaram a pensar em rescindir os convênios, por não terem condições de arcar com uma das contrapartidas exigidas, que envolvia o pagamento da mão de obra por parte das prefeituras.

“Esse aditivo pode parecer pouco, mas para vários municípios é muito. O que nós queremos é que, o mais rapidamente possível, os municípios tenham condições de construir essas unidades. Esse programa é fundamental, porque estamos falando de famílias de baixíssima renda, para pessoas que não tem condições de pagar uma prestação de uma casa”, explicou.

Os aditivos serão destinados a 44 municípios para a construção de 1.899 casas populares. Somados aos valores já repassados para aquisição de materiais de construções, o investimento do Estado nessas casas é de R$ 184 milhões.

A secretária da Setasc-MT, Grasielle Bugalho, afirmou que o programa Ser Família Habitação mostra a sensibilidade do Governo, que escutou as dificuldades das prefeituras.

“Nós temos certeza que em breve já vamos entregar várias dessas casas. Habitação é dignidade, mas também é sustento da família. O dinheiro usado para pagar um aluguel vai melhorar o sustento da família, vai para a segurança alimentar”, afirmou.

Podem ser beneficiadas pelo SER Família Habitação pessoas que pertençam a um grupo familiar cuja renda per capita não ultrapasse R$ 100, tendo preferência as pessoas com menor renda. Também é necessário morar no município há pelo menos cinco anos e não ter sido beneficiado em outro programa habitacional de interesse social.

O secretário de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, lembrou que o Governo já ajudou a entregar mais de 7 mil casas de programas federais que estavam inacabadas e paralisadas por falta de recursos, como é o caso do Residencial Vida Nova, em Lucas do Rio Verde.

“Entregamos essas casas para que as pessoas tenham dignidade. Ao entrar em uma casa, você vira proprietário, aquele chão passa a ser seu, e isso é muito importante”, manifestou.

O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, destacou a parceria com os municípios.

“O governo sempre apoia as prefeituras nos momentos difíceis. Quanto mais eu converso com os prefeitos, mais eu entendo o desafio de governar esse Estado. Quanto mais crescemos, mais demandas recebemos de cada município”, disse.

Para o prefeito de Paranatinga, Marquinhos do Dedé, “todas as obras são importantes, mas trazer essa dignidade que é a primeira casa para as famílias é mais importante”. “Os prefeitos estão muito felizes, e eu só posso parabenizar o governador e a primeira-dama”, completou.

Já o deputado estadual Diego Guimarães lembrou que o impacto para as famílias é muito maior do que o financeiro.

“Impacta a vida das famílias com lembranças. Todo mundo lembra da primeira casa em que viveu, seja onde for. As melhores lembranças que temos em nossas vidas certamente foram nas nossa residências”, disse.

Também estiveram presentes no evento os deputados estaduais Eduardo Botelho, Valmir Moretto e Moacir Couto, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, de Agricultura Familiar, Teté Bezerra, e de Comunicação, Laice Souza, presidente do MT PAR, Wener Santos, presidente da Fiemt, Silvio Rangel, e superintendente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Rudinei Marcelo.

Municípios contemplados

Alta Floresta, Araguaiana, Araguainha, Araputanga, Arenápolis, Canabrava do Norte, Canarana, Comodoro, Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D’Oeste, Glória D’Oeste, Guiratinga, Ipiranga do Norte, Itaúba, Itiquira, Juscimeira, Lambari D’Oeste, Lucas do Rio Verde, Mirassol D’Oeste, Nobres, Nortelândia, Nova Brasilândia, Nova Canãa do Norte, Nova Marilândia, Nova Xavantina, Paranaíta, Paranatinga, Pedra Preta, Ponte Branca, Porto Alegre do Norte, Querência, Ribeirãozinho, Santa Terezinha, Santo Afonso, São Félix do Araguaia, São José do Povo, São José do Rio Claro, São Pedro da Cipa, Sapezal, Sorriso, Tabaporã e Tapurah.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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