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Releitura da Última Ceia com mulher negra no lugar de Jesus é censurada em exposição

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Obra 'E às vezes quase parece que não estou usando aquela coroa de espinhos'
Foto: Elvira Freitas Lira/Divulgação

Obra ‘E às vezes quase parece que não estou usando aquela coroa de espinhos’

Uma releitura do famoso quadro de Leonardo Da Vinci “A Última Ceia”, produzida por uma artista pernambucana, foi proibida de ser exibida na exposição “O que te faz olhar para o céu?”, em cartaz no Centro Cultural Correios no Rio de Janeiro até o dia 31 de agosto.

A obra de Elvira Freitas Lira, originária de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, retrata os apóstolos como mulheres e pessoas negras. No centro da pintura, em vez da tradicional imagem de Jesus Cristo, há uma figura feminina com pele escura, cabelos longos e feridas nas mãos.

A artista expressou sua frustração com a decisão de excluir sua obra da exposição para a qual foi convidada, alegando que a justificativa foi “preservar a imagem da instituição”.

“Acho [que a tela foi vetada] pelo fato de ser uma mulher ou um gênero não definido ali no centro. […] Fico indagada porque é um quadro com tantas reproduções dessa cena. Essa obra é uma intervenção numa impressão de quadro da Santa Ceia onde os homens são muito brancos”, disse Elvira, em entrevista ao g1.

Ao invés da pintura, o Centro Cultural dos Correios do Rio de Janeiro está exibindo uma moldura vazia, mantendo os créditos da obra original.

Elvira Lira sugeriu que a decisão do Centro Cultural de remover a pintura da exposição pode estar relacionada ao desconforto gerado pela representação de Jesus como uma figura feminina. Ela observou que outras interpretações de obras religiosas muitas vezes divergem do padrão estabelecido por Da Vinci.

Apesar de estar desapontada com a situação, Elvira Lira revelou ao g1 que optou por aceitar a decisão e só expressou sua frustração nas redes sociais após receber apoio de amigos e familiares. A artista explicou que sua pintura foi inspirada nas várias obras religiosas que conheceu durante sua infância em Arcoverde e que não tinha a intenção de criar polêmica.

“Acho que a minha pintura não tem uma pretensão exatamente política. […] Para mim, minhas pinturas são pinturas de amor. Fiz uma exposição individual em São Paulo, um andar inteiro; essa foi a obra que escolhi para fazer minha única performance na vida. […] Por isso também fiquei triste; porque é uma obra que pretendia mostrar mais, sabe?”, relatou Elvira.


O que dizem os Correios?

Em nota, a instituição disse que a obra não estava no catálogo apresentado durante a análise inicial e a aprovação do projeto da exposição.

“Os Correios reafirmam seu compromisso em manter unidades culturais plurais e abertas à comunidade artística, em prol da construção de uma programação eclética, democrática, atrativa e inclusiva para toda a sociedade”, disse a empresa pública, em nota.

O envio da tela para a exposição não foi solicitada, segundo Elvira Freitas Lira, que nega que os Correios tenham entrado em contato. Segundo a artista, a empresa também não mencionou que a obra teria sido recusada por problemas no catálogo.

Rodrigo Franco, o curador, informou ao g1 que os Correios o contataram para comunicar que o quadro de Elvira Freitas Lira seria reavaliado e que sua exposição na mostra, que está em cartaz no Rio de Janeiro até 31 de agosto, só ocorreria após a instituição divulgar seu posicionamento no blog de Ancelmo Gois, onde o caso foi primeiramente divulgado.

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Fonte: Nacional

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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