Cerca de 440 mil pessoas, 1,13% da população maior de idade da Espanha, declara ter sofrido abusos sexuais em âmbito eclesiástico , e 0,6% de ter sido vítima de um padre ou religioso católico nos últimos 50 anos. A metade dos casos, quase 200 mil, seria contra menores.
A revelação consta em uma pesquisa encomendada pela comissão de investigação sobre o fenômeno no Parlamento, investigação que durou 15 meses e nasceu a partir de uma grande apuração jornalística do El País.
O relatório tem 777 páginas, mais de 100 contêm testemunhos de 487 vítimas.
Graças às entrevistas de mais de 8 mil pessoas, emergiram dados assustadores sobre as dimensões do fenômeno: cerca de 11,7% dos espanhóis afirmam ter sofrido violências antes dos 18 anos, 1,13% sofreu em âmbito religioso, escolas e institutos católicos, e 0,6% afirma ter sofrido agressões sexuais diretamente por parte de um padre.
O responsável pela pesquisa, Ángel Gabilondo, destacou que os relatos devem ser escutados, e propôs um fundo de indenização estatal para as vítimas: “Escrevemos a todos os bispos, alguns nos responderam, abriram seus arquivos, outros reclamara. A Igreja deve ter consciência de que o escândalo maior seria o de não colaborar explicitamente com uma sociedade que quer saber a verdade”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.