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Economia

Relator do arcabouço fiscal rejeita inclusão de punições ao governo

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Senador Omar Aziz
Edilson Rodrigues/ Agência Senado

Senador Omar Aziz

O relator do novo arcabouço fiscal no Senado Federal, Omar Aziz, rejeitou a sugestão da oposição para incluir punições em caso de descumprimento das metas propostas no texto. Após aprovação na Câmara dos Deputados, senadores do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, sugerem apresentação de destaques para incluir penalidades ao governo federal.

Ao GLOBO, Aziz negou que pretenda acatar as sugestões da oposição: “Mais arrochado do que já está?”, questionou.

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o marco fiscal começará a ser analisado no próximo dia 12: “Na semana do dia 12 é muito importante que se iniciem os trabalhos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Votando na CAE, levamos imediatamente ao plenário para fazer a apreciação.”

A expectativa é que a proposta seja aprovada até a primeira semana de julho.

Até lá, a oposição quer incluir no texto não só a punição ao presidente da República por improbidade administrativa, como também o fim do piso de R$ 75 bilhões para investimentos; a exclusão do artigo que prevê crédito extra para 2024; e a retirada do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Fundo do Governo do Distrito Federal (GDF) da meta.

“A despesa fixa de R$ 75 bilhões para investimentos é retirada dos 95% de gastos que acionam os gatilhos. Significa que você está engessando mais o Orçamento pelo lado da despesa. Vamos tentar melhorar por aí”, afirmou o líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN).

O líder do PL disse, porém, que o partido deve, de qualquer forma, votar contra o texto-base do projeto:

“A princípio, vamos votar contra o arcabouço. O governo afirma que precisará de R$ 150 bilhões neste ano. Mas relatórios apontam que o governo vai descumprir a previsão logo no primeiro ano.”

Outros líderes, como Efraim Filho, do União Brasil, não crê em enrijecimento das regras do arcabouço.


Fonte: Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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