O relator do novo arcabouço fiscal na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), disse nesta quarta-feira (17) que prefere manter o texto da maneira que foi apresentado, mas afirmou que irá discutir com líderes eventuais sugestões.
“A minha opção é manter o texto como está. Obviamente, estou recebendo várias sugestões, mas a definição de incorporar ou não [algo] ao texto partirá do colégio de líderes e das conversas e tratativas que estamos tendo com os técnicos”, declarou Cajado em entrevista a jornalistas na Câmara.
Nesta quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência do projeto por 367 votos a 102. Com isso, é esperado que a matéria chegue no plenário no dia 24 de maio.
Cajado disse esperar uma votação ainda mais expressiva na votação do texto em si. Apenas o PL, o Novo e a federação Psol-Rede orientaram contra o texto.
Cajado declarou ainda que buscará apoio da oposição, pois a “ideologia não deve prevalecer em uma matéria dessa importância”.
“Vou lutar até o último minuto para convencer o maior número de deputados e deputadas para poder votar, na certeza de que essa lei é benéfica ao país”, disse.
O relator defendeu as alterações propostas por ele ao texto inicial do governo.
Segundo ele, o principal objetivo com o novo regime fiscal sustentável é “atacar, através da política fiscal, a política monetária para ter a queda dos juros”.
“[O texto] complementa composições de segurança que dão mais robustez ao que nós desejamos que é o desenvolvimento econômico com repercussão social, mas acima de tudo com o equilíbrio das contas públicas e a trajetória da dívida em médio prazo sendo equilibrada”, disse.