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Relator diz não ter sido avisado sobre mudança no PL das Fake News

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O senador Ângelo Coronoel (PSD-BA)
Agência Senado – 29.04.2023

O senador Ângelo Coronoel (PSD-BA)

O relator do Projeto de Lei das Fake News no Senado Ângelo Coronoel (PSD-BA) afirmou nesta sexta-feira (28) não ter participado das discussões que modificaram o texto na Câmara dos Deputados sob a relatoria do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) .

O Projeto de Lei traz uma série de obrigações as empresas donas de redes socias e aplicativos de mensagens, como a moderação de conteúdos violentos, por exemplo.

“Não tive nenhum encontro com o deputado Orlando Silva. Estivemos juntos há um ano atrás, logo quando o projeto foi aprovado [no Senado] e ele foi designado o relator [na Câmara]. De lá para cá, mais de um ano, quase dois, não tivemos nenhum contato para tratar e discutir as alterações, então achei até estranho, mas ainda continuo no aguardo”, disse o senador ao Metrópoles .

O texto foi aprovado na Câmara com regime de urgência na última terça-feira (25) com 238 votos favoráveis e 192 contrários. Seguindo o cronograma, na próxima terça (2) deve ocorrer a finalização no plenário. Se aprovado, o projeto retorna para o Senado.

Entenda as alterações

Na noite de quinta-feira (27), o deputado Orlando Silva (PC do B-SP), relator do PL das Fake News na Câmara, retirou a criação de uma agência reguladora que seria usada para supervisionar as plataformas digitais e incluiu o livre exercício de cultos religiosos no texto.

No texto anterior, o deputado Orlando Silva trazia ao Executivo a prerrogativa de que seria necessário criar uma entidade autônoma de supervisão. No entanto, o ponto foi criticado pela oposição que chegou a apelidar o órgão de “Ministério da Verdade” . De acordo com eles, haveria a possibilidade uma possivel interferência ideológica na agência, com retirada de conteúdos de opositores.

A decisão do parlamentar em retirar a entidade autônoma de supervisão do texto foi sob o argumento de que insistir nesse ponto poderia inviabilizar o projeto em tramitação.

“A entidade autônoma de supervisão foi muito mal recebida na Câmara. Houve muita crítica de diversas bancadas. A minha impressão é que se mantivéssemos essa ideia, poderia interditar o debate e inviabilizar o avanço da proposta”, declarou.

“A minha perspectiva foi retirar a cena essa entidade autônoma de supervisão, permitir que o debate fluísse na Câmara dos Deputados e nós construirmos, de hoje até a votação, qual vai ser o caminho”.

No novo texto, Orlando incluiu que a lei deverá observar “o livre exercício da expressão e dos cultos religiosos, seja de forma presencial ou remota, e a exposição plena dos seus dogmas e livros sagrados”.

O item busca o apoio da bancada evangélica, que ameaçou votar contra a proposta.

Imunidade parlamentar


Além desses pontos, o relatório também estipula que a imunidade parlamentar material prevista na Constituição se estenda às redes sociais.

A medida não é consenso, e tem sido um dos principais tópicos discutidos no texto final protocolado na noite da última quinta-feita (27). O deputado quer que seja prevista na Constituição Federal tal proteção aos parlamentares que tiverem conteúdos publicados na internet.

O relator cedeu uma entrevista à GloboNews ao qual diz defendeu que as plataformas digitais também constituem como espaços para manifestações dos parlamentares e políticos fora do Congresso Nacional.

“A imunidade parlamentar é o direito do parlamentar falar, defender suas ideias, votar de modo independente, livre de qualquer pressão de governo. Ela é uma conquista das democracias. Um direito de minorias no mundo inteiro e eu defendo que ela seja extensiva as redes sociais, porque as redes sociais se converteram em uma tribuna para os parlamentares de hoje”, argumenta Silva.

O deputado ainda diz que caso ocorram disseminações de peças de desinformação, os congressistas responsáveis deverão ser julgados pela Justiça. “Se houver crime […] e você pode debater no plano judicial, mas é muito importante que nós possamos respeitar o direito do parlamentar falar suas ideias. Eu sei que isso é um tema controverso, mas eu sei que isso é uma prerrogativa dos deputados e eu defendo que a gente deve incorporar essa prerrogativa”.

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Fonte: Nacional

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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