A vitória esmagadora do Partido Trabalhista (centro-esquerda) nas eleições legislativas deve coroar o líder da legenda, Keir Starmer , de 61 anos, como primeiro-ministro do Reino Unido . O resultado, assim, tira o poder do Partido Conservador (centro-direita) após 14 anos e mostra o país “nadando contra” a onda da direita/extrema-direita que toma conta da Europa. Mas, afinal, quem é exatamente Keir Starmer?
Advogado, defensor dos direitos humano e “menos radical”
Filho de pais identificados com o Partido Trabalhista, Keir Starmer nasceu em Londres, em 2 de setembro 1962. Ligado às pautas dos direitos humanos, o inglês se formou em Direito pela Universidade de Leeds, advogando pela causa nos primeiros anos de carreira. Em seguida, fez pós-graduação na Universidade de Oxford.
Devido ao seu êxito na defesa dos direitos humanos, Starmer entrou para o Ministério Público, chegando a dirigir o órgão após convite de Patricia Scotland, Procuradora-Geral da Inglaterra e do País de Gales, em 2008.
Em 2015, Starmer foi para o Parlamento, onde ficou conhecido por defender pautas antissemitas e temas ligados à imigração. Em 2020, ele assumiu a liderança do Partido Trabalhista.
Na ocasião, Starmer venceu as eleições internas e assumiu o posto de Jeremy Corbyn, considerado um político mais radical. A mudança no comando fez o Partido Trabalhista crescer e ser considerado mais “centro” do que “esquerda”.
À frente do partido, Starmer proibiu que os parlamentares fizessem promessas sem orçamento para isso e passou a rever alguns de seus conceitos, como as estatizações.
Em suas últimas publicações antes das eleições, o advogado usou justamente o slogan: “Eu mudei o partido. Agora, vou mudar o país”.
A vitória da centro-esquerda vai na contramão da França, Itália e até mesmo do Parlamentou Europeu, que escolheram representantes da extrema-direita nas últimas eleições.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.