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Agronegócio

Região amazônica enfrenta a maior seca dos últimos 40 anos

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A seca que afeta a Amazônia é a mais rigorosa dos últimos 40 anos e já afeta 8 oito estados, causando com  impactos significativos na agricultura e pecuária.

A soma da falta de chuvas, o aumento da temperatura e a redução da umidade do solo afetaram agora 79 municípios, de acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

No estado do Pará, por exemplo, dos 144 municípios, 55 foram afetados pela estiagem em setembro. Dentro desse grupo, 22 municípios tiveram mais de 80% de suas áreas agrícolas impactadas, enquanto outros 20 municípios tiveram entre 60% e 80% de suas áreas comprometidas. Em Roraima, mais de 80% das áreas agrícolas em 13 dos 15 municípios do estado foram prejudicadas pela estiagem.

A pesquisadora Ana Paula Cunha, do Cemaden, observa que esses números refletem a situação presente, mas os efeitos da seca severa continuarão a ser sentidos até janeiro. Isso afetará especialmente a agricultura familiar, uma vez que o plantio das safras de milho e feijão deveria começar agora, com o início da estação chuvosa.

“Realizamos o mapeamento das áreas com déficit de chuvas, mas as previsões indicam volumes abaixo do esperado nos próximos meses, o que deve prejudicar as principais safras de milho e feijão”, explicou Ana Paula. As chuvas mais intensas, previstas para novembro e dezembro, normalmente elevam o nível dos rios, mas, neste ano, as previsões abaixo da média não serão suficientes para restaurar os rios aos níveis normais.

A seca na Amazônia deve persistir até pelo menos dezembro, quando o El Niño atingirá seu pico de intensidade. Desde maio, esse fenômeno tem sido responsável pela diminuição das chuvas na região, e o déficit de chuvas entre julho e setembro no interior do Amazonas e no norte do Pará foi o mais severo desde 1980.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fiagros alcançam R$ 41,7 bilhões e ganham força no mercado de capitais agroindustrial

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Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.

Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.

Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.

Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.

Fonte: Pensar Agro

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