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Política Nacional

Reforma tributária: prefeitos de capitais querem participar de debate

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Representantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde desta segunda-feira (6), no Palácio do Planalto, em Brasília, e pediram participação no debate sobre a reforma tributária. O tema é um dos principais itens da agenda econômica do governo federal no atual mandato.

“É muito importante que o Brasil faça sua reforma tributária, mas que os municípios não sejam isolados [da discussão]. É fundamental que o ISS [imposto municipal] seja mantido”, disse o presidente da FNP e prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira.

Ele cobrou que os prefeitos tenham participação “decisiva” na construção das propostas. A FNP reúne os gestores de todas as capitais e os municípios com mais de 80 mil habitantes. Além de Nogueira, participaram do encontro os prefeitos Bruno Reis (Salvador), Cinthia Ribeiro (Palmas) e Edmilson Rodrigues (Belém).

Transporte público

Outro item abordado durante a reunião foi o avanço do projeto de lei que cria o Programa Nacional de Assistência à Mobilidade dos Idosos em Áreas Urbanas (Pnami). A medida assegura o aporte de recursos federais para subsidiar a tarifa gratuita de pessoas com mais de 65 anos.

“A gente quer discutir que esse projeto que está no Congresso Nacional tramite e possa ter o subsídio do governo federal. É o governo federal se responsabilizar pela gratuidade dos idosos, porque é uma lei federal”, enfatizou o presidente da FNP. Segundo Edvaldo Nogueira, os municípios vivem um impasse atualmente porque o número de passageiros no transporte sobre pneus vem diminuindo e a quantidade de usuários já não remunera o custo do serviço.

“Todos os prefeitos do Brasil estão fazendo subsídios. Ou zera o ISS ou faz subsídio direto. Todos nós [prefeitos] estamos colocando subsídios e os prefeitos não suportam mais e, ao mesmo tempo, não conseguimos mais aumentar a passagem. É preciso que a gente resolva esse impasse, que será resolvido com subsídio federal”, acrescentou o prefeito de Aracaju. A proposta já passou pelo Senado Federal e atualmente tramita na Câmara dos Deputados.

De acordo com os prefeitos, Lula escalou o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, para manter a interlocução com os gestores municipais, incluindo a sistematização dos principais projetos estratégicos das cidades que podem contar com apoio do governo federal.

Governança federativa

Ainda durante o encontro, a FNP apresentou a proposta de criação de um conselho de governança federativa, composto de forma paritária por seis representantes do governo federal, governos estaduais e municípios, com o objetivo de discutir os principais projetos do país.

“Nós poderemos reunificar o país à medida que os três entes federados possam se reunir juntos e encontrar soluções. O Brasil precisa de soluções”, disse Edvaldo Nogueira.

Lula deve participar, na próxima semana, do encontro nacional da FNP, que será realizado em Brasília. Uma nova reunião do presidente com os prefeitos também está prevista para os próximos meses.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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