O secretário extraordinário para Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou nesta sexta-feira (12) que o cashback de impostos que estará previsto na reforma tributária pode atingir toda a população brasileira, e não somente os mais pobres, como vinha sendo sinalizado pela pasta.
“O governo jamais disse que o cashback vai ser limitado ao público do cadastro único dos programas sociais. Ainda não está definido como vai ser. Mas estamos avaliando a possibilidade de, no limite, pegar toda a população brasileira, mas com um limite por família”, disse Appy, durante evento da Associação Brasileira de Supermercados.
Na avaliação do secretário, o cashback é mais vantajoso para os mais pobres do que retirar impostos sobre itens que compõem a cesta básica. Appy argumenta que a desoneração acaba beneficiando as famílias mais ricas, que compram mais, enquanto devolver o imposto pago pode ajudar mais os mais pobres.
“O Brasil já tem a tecnologia para fazer o cashback . É possivel, estamos considerando, que você tenha um sistema em que o cashback se dá direto na boca do caixa, você deduz o custo direto na boca do caixa. Então, você não precisaria cobrar e devolver o valor no cartão social dos mais pobres”, explicou Appy.