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MATO GROSSO

Reeducandos da PCE fazem limpeza e revitalização de espaços da Casa Mãe Joana

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Três reeducandos da Penitenciária Central do Estado (PCE) participaram de uma atividade social de limpeza e revitalização dos espaços da Casa Mãe Joana, em Cuiabá, nesta segunda-feira (14.08).

A ação faz parte do planejamento da Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária (SAAP), da Secretaria do Estado de Segurança Pública (Sesp), para a reinserção de reeducandos na sociedade.

A SAAP utiliza a mão de obra dos reeducandos em órgãos públicos e instituições, promovendo melhorias prediais e auxiliando na ressocialização para que os privados de liberdade possam ser reinseridos na sociedade.

Na Casa da Mãe Joana, as atividades devem prosseguir ao longo do mês de agosto, sendo que dez presos deverão atuar na próxima visita.

Paulo Rogério Rodrigues, presidente da Casa da Mãe Joana, que atende portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), destaca a importância da iniciativa da Sesp para a instituição, que atualmente abriga 29 pacientes.

“A casa é filantrópica, vive exclusivamente de doações. Os pacientes aqui, na maioria, são pessoas cadeirantes ou com outra deficiência física, que andam de muletas. Então temos pouca mão de obra para fazer esse tipo de serviço. Assim, esse trabalho foi excelente para nós”, afirma o presidente.

O policial penal Lindomar Henrique da Silva Rocha, que acompanhou todo processo de revitalização, ressalta a importância da iniciativa e detalha as atividades já realizadas.

“Hoje foram tratadas as questões principais, com ações mais paliativas. Houve limpeza, pintura de algumas áreas e reestruturação da frente do local. Posteriormente serão realizadas mais ações, após solicitação de materiais, como um caminhão, para a retirada de entulhos do espaço”, informa o policial.

*Sob supervisão de Fabiana Mendes

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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