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MATO GROSSO

Rede de Enfrentamento promove encontro de mulheres do campo

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A segunda edição do Encontro Mulheres do Campo ocorre na próxima sexta-feira (22), das 8h às 16h, na comunidade Ribeirão dos Cocais, zona rural do município de Nossa Senhora do Livramento. Realizado pela Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Várzea Grande e Nossa Senhora do Livramento, o evento pretende sensibilizar e orientar as mulheres da região sobre o combate à violência doméstica. 

A programação do encontro inclui palestra, roda de conversa, e serviços como atualização do Cadastro Único, emissão de documento de identidade, 2º via de certidão de nascimento, orientações jurídicas, serviços de beleza, atendimento médico e odontológico, vacinação, oficina de tranças, teatro de fantoche e entrega de mudas de plantas. As atividades ocorrem na Escola Estadual Vereador Amarílio Gomes da Silva.

O 2º Encontro Mulheres do Campo é realizado pelas instituições integrantes da Rede, como Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), prefeituras de Nossa Senhora do Livramento e de Várzea Grande, Poder Judiciário, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Mato Grosso, Polícia Militar, Polícia Civil, Centro Universitário Univag, Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais de Várzea Grande (BPW VG), Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Várzea Grande e Lírios. O evento tem apoio da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da Câmara Municipal de Livramento. 

A primeira edição ocorreu em 2019, na região da Morraria, beneficiando 60 mulheres e 40 crianças.
 

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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