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MATO GROSSO

Recursos viabilizados pelo Bapre são usados para fortalecer cooperativa

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Representantes da Cooperativa de Produção de Material Reciclável de Tangará da Serra (Coopertan) e do Ministério Público do Estado de Mato Grosso reuniram-se nesta semana para avaliação da aplicação dos investimentos viabilizados à cooperativa, por meio do Banco de Projetos e Entidades do Ministério Público (BAPRE). A entidade está sendo contemplada com recursos da ordem de R$ 89.246,98.

Conforme o promotor de Justiça Thiago Scarpellini, o plano de trabalho estabelecido no projeto apresentado pela cooperativa tem como principal objeto as melhorias das condições de trabalho e aquisição de máquinas para continuidade do serviço.

Durante a reunião, também foi discutida a importância da coleta seletiva operada por catadores e catadoras de materiais recicláveis. Foram apresentados ainda planos estratégicos de melhoria da produtividade da Coopertan, cujos catadores necessitam de qualificação profissional em relação às áreas administrativas, contábeis (tributária, fiscal, gestão de pessoas) e jurídicas.

Segundo ele, outra demanda da cooperativa é o mapeamento participativo do layout de produção, desenvolvimento e adequação participativa de novo layout de produção conforme o perfil desses trabalhadores e trabalhadoras. “Também foram objetos de diálogo a importância de investimentos em máquinas e equipamentos, como prensas, esteiras, empilhadeiras. Sendo que a prioridade da cooperativa é a implantação de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) para a proteção da cooperativa e retirar o Alvará Bombeiros”, explicou.

Reconhecimento: Os participantes da reunião destacam que Tangará da Serra é uma referência em coleta seletiva operada por catadoras e catadores, mas que sem o apoio institucional da Prefeitura Municipal, do Serviço Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) e da Câmara de Vereadores nada disso seria possível. Também ressaltaram a importância da participação dos cidadãos tangaraenses que cada dia mais aprimoram, devido à educação ambiental, sua cooperação com a coleta seletiva e com a Coopertan.

“A inclusão da Coopertan no Bapre, habilitando-se a receber recursos oriundos de TACs formalizados pelo MPMT, é mais um avanço para os catadores em busca de melhores condições de trabalho, uma conquista da sociedade tangaraense por uma cidade mais limpa e socioambientalmente correta, e, ainda, uma garantia para o poder público municipal, com a redução de custos para a coleta de lixo, aumento da vida útil do aterro sanitário e geração de empregos”.

Em julho, a Coopertan completará 16 anos de fundação. A cooperativa iniciou as atividades com 22 catadoras e catadores oriundos do “lixão” de Tangará da Serra, e hoje tem 68 associados. Não tem nenhum patrão e nenhum empregado. Opera a coleta seletiva em 100% das residências e no comércio em geral.

Fonte: MP MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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