Nesta quinta-feira (18), os Estados Unidos exerceram seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, bloqueando o pedido de reconhecimento do Estado Palestino como membro pleno da organização. A decisão norte-americana contrariou os esforços da Autoridade Palestina.
No entanto, os Estados Unidos argumentaram que a criação de um Estado Palestino independente deve ser resultado de negociações diretas e diálogos entre a Autoridade Palestina e Israel, rejeitando a possibilidade de que esse reconhecimento fosse obtido através de uma votação na ONU.
A votação ocorreu no Conselho de Segurança, onde eram necessários pelo menos 9 votos favoráveis dos 15 membros do Conselho para a aprovação do projeto.
No entanto, os Estados Unidos possuem poder de veto nesse órgão, e a votação foi bloqueada por sua decisão. O Reino Unido e a Suíça se abstiveram da votação.
Os palestinos têm buscado a adesão plena na ONU desde 2012, quando foram reconhecidos como um “estado observador”. O desejo de se tornar um membro pleno visa possibilitar a participação em reuniões e ter voz nas decisões da organização.
A decisão dos Estados Unidos está alinhada aos interesses de Israel, que vê o reconhecimento de um Estado Palestino como uma recompensa ao que consideram atos de terrorismo. O ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, expressou gratidão pelos EUA após o veto.
Por outro lado, o representante palestino, Ziad Abu Amr, lamentou a decisão dos Estados Unidos. Ele destacou que a resolução rejeitada teria oferecido ao povo palestino a oportunidade de buscar um estado independente através de meios diplomáticos e legais.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.