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Economia

Reajuste nos planos de saúde entra na mira da Senacon; entenda

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Planos de saúde
Sophia Bernardes

Planos de saúde

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) solicitou nesta quarta-feira (14) informações à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre a recente autorização de reajuste de 9,63% nos planos de saúde individuais e familiares. Este é o teto que poderá ser aplicado pelas empresas entre maio de 2023 (retroativo) e abril de 2024.

A solicitação foi feita em encontro do secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, e do coordenador-geral de Estudos e Monitoramento de Mercado, Vitor Hugo do Amaral, o diretor-presidente da ANS, Paulo Roberto Rebello Filho, e diretores da agência.

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O objetivo foi debater os diversos problemas que os consumidores de todo o Brasil vêm enfrentando com as operadoras de saúde.

Entre os pontos de preocupação manifestados pela Senacon está a regulação dos planos de saúde coletivos, a falta de atendimento na rede credenciada, o descredenciamento de hospitais sem aviso prévio, além do reajuste aos usuários e instrumentos para diminuir a judicialização. O órgão ressaltou a importância de se garantir a acessibilidade e a sustentabilidade dos planos de saúde para os cidadãos, especialmente no contexto atual.

“As reclamações são muitas. Estamos tratando de uma questão de proteção à vida. É necessário avançarmos e implementarmos instrumentos efetivos para reduzir demandas, qualificar atendimento e efetivamente monitorar o setor no sentido de proteger o consumidor”, disse Damous durante a reunião. A agência reguladora se comprometeu a analisar as demandas da Senacon e firmar um termo de cooperação com a secretaria.

“O índice definido pela ANS para 2023 reflete a variação das despesas assistenciais ocorridas em 2022 em comparação com as despesas assistenciais de 2021 de beneficiários de planos de saúde individuais e familiares”, explica o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello.

O reajuste vai afetar 8 milhões de clientes, cerca de 16% do total de consumidores de planos de saúde no Brasil. Isso porque a medida não afeta planos coletivos, como os empresariais.

De acordo com a ANS, o reajuste só pode ser aplicado no mês de aniversário do contrato, ou seja, no mês da data de contratação do plano. Se o aniversário for em maio, junho ou julho, será autorizada a cobrança retroativa.

Segundo a Senacon, é fundamental que os mecanismos de reajuste dos planos de saúde aos consumidores sejam transparentes e de fácil entendimento. O secretário entregou ofício ao presidente da ANS pedindo mais esclarecimentos à população sobre o aumento de 9,63%, medida que impacta 8,9 milhões de beneficiários.

“Esse pedido é justamente para que possamos informar aos consumidores os mecanismos de reajuste. Somos demandados diariamente pelos Procons de todo o Brasil sobre essa questão. Se o aumento é legal, precisa ser didaticamente informado”, disse Damous.

No documento, a Senacon justifica o pedido “tendo em vista que o índice de reajuste máximo estabelecido equivale a mais de duas vezes a inflação do período, considerando-se que no acumulado de 12 meses o Brasil registrou inflação de 3,94% até maio, tomando como referência o IPCA”. Além disso, segundo o ofício, “essa última autorização segue o aumento de 15,5% ocorrido em 26 de maio de 2022, o maior registrado desde o início da série histórica em 2000”.

Fonte: Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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