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MATO GROSSO

Racismo é como um pacto que precisa ser revertido, aponta o juiz Antônio Peleja em palestra

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“O racismo é como um pacto de status quo que precisa ser revertido.” A afirmação é do coordenador pedagógico da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT), juiz Antônio Veloso Peleja Júnior, que, entre os dias 25 e 26 de setembro, participou como palestrante do IV Seminário Estadual de Direitos Humanos, realizado na Ordem dos Advogados do Brasil. Ele apontou ainda durante a explanação que “esclarecimento, educação, debate e ações afirmativas são instrumentos necessários para minar esse mal secular cultural, que prossegue incrustado insistentemente em nossa sociedade. Como negro, membro do Poder Judiciário e professor universitário, é dever discutir o racismo em nossa sociedade.”
 
Peleja integrou o painel Enfrentamento ao Racismo e ocupou o espaço para abordar questões como o racismo explícito, racismo implícito, racismo estrutural, racismo institucional. Segundo Peleja, “o gap existente na estrutura social e nos cargos públicos é fato gritante em nossa sociedade, aliado a diversos fatores, como racismo institucional e racismo estrutural. Somente com ações proativas e a discriminação positiva é possível reparar o ferimento ao princípio da igualdade que persiste desde a escravidão, porque a abolição teve mais efeitos formais e menos materiais.”
 
O magistrado observou que os efeitos do racismo geraram desigualdades, as quais são fatos inegáveis em nossa sociedade. “A população negra compõe a grande maioria da população carcerária, os piores indicadores sociais, os piores salários, as dificuldades na ocupação dos melhores postos de trabalho, dos melhores cursos, encontram dificuldades na efetiva participação política, na própria estrutura do judiciário, conforme, aliás, recente pesquisa do CNJ.”
 
O magistrado ainda defendeu a educação como fator preponderante para diminuir a diferenças existentes nas camadas sociais. “São necessárias ações afirmativas educacionais que minorem o vácuo existentes entre nos estratos sociais. A instituição e a manutenção de cotas são exemplos importantes. Contudo, há muito que se fazer! O que se denota pelas situações expostas, pela alta taxa de homicídio de jovens negros, pela discriminação das religiões de matriz africana, é a persistente, comum e cotidiana discriminação existente em nossa sociedade.”
 
O Seminário foi organizado pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso. O painel Enfrentamento ao racismo contou ainda com a participação da membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/BA Dandara Amazzi Lucas Pinho e da Presidente da Comissão de Defesa da Igualdade Racial da OAB-MT, Roberta de Arruda Chica Duarte .
 
Keila Maressa
Assessoria de Comunicação 
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)

 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Pagamento de 1/3 de férias de contratados: Governo de MT encontra solução para impasse que durava 40 anos

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O governador Mauro Mendes assinou, nesta quarta-feira (18.09), o Decreto nº 656, que regulariza o pagamento de 1/3 de férias para servidores contratados pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT). Com um investimento de R$ 26 milhões, o Estado põe fim a uma reivindicação que já durava cerca de 40 anos.

Mauro Mendes disse que era um direito conquistado, mas que, infelizmente, foi negligenciado por gestões anteriores gerando inúmeras demandas judiciais, além de uma dívida enorme. O governador destacou que para dar maior celeridade aos processos judiciais em andamento que tratam do pagamento de 1/3 de férias retroativas dos professores temporários da educação básica, assinou o decreto em cooperação com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

“Estamos reconhecendo esse direito e aplicando o que é correto. Além de regularizar o pagamento correspondente a 1/3 das férias dos professores temporários, o Governo também implementará uma extensão do decreto para servidores temporários contratados em outras áreas da Seduc. Todos os professores no regime temporário vão ter esse direito reconhecido e pago nas próximas oportunidades”, explicou.

Na avaliação da presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino, todas as partes estão de parabéns porque não vão mais precisar litigar para receber esse direito. “É muito bom ter um governador que tem essa sensibilidade. Precisamos reconhecer o esforço dos nossos gestores. Dos que fazem o que tem que ser feito. Esses registros ficam na nossa memória para sempre, porque são cerca de 25 mil processos que teremos condição de liquidar positivamente. É momento de celebração”, completou.

A solenidade teve representantes de todos os poderes e o deputado estadual Valmir Moretto falou em nome do Legislativo. “A Assembleia não mediu esforços para contribuir com a solução de um tema tão relevante como esse. Nada mais justo do que atender um pedido dos nossos professores. É com esse trabalho que vamos ficar entre as redes mais bem avaliadas no País. Vamos colocar Mato Grosso no cenário que o Estado realmente merece”, falou o parlamentar.

O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, destacou a sensibilidade ao resolver o problema que se arrastava há décadas. “É uma gestão de eficiência que está fazendo uma transformação na educação e garantindo a valorização profissional necessária para que tenhamos ainda mais qualidade no ensino e na aprendizagem. Esse decreto assinado hoje impactou, certamente, na vida dos servidores da educação”.

A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) contribuiu com o processo de resolução do pagamento aos servidores da Educação, tanto na elaboração do Decreto e do Termo de Cooperação, do sistema que irá gerir os pedidos de quitação de valores, entre outras soluções, como explica o chefe da pasta, Basílio Bezerra.

“Após detectarmos e analisarmos a dimensão da situação e o nível de importância de propor uma solução, trabalhamos em conjunto com os demais órgãos na construção de soluções, para garantir aos servidores o que lhes é de direito. A Superintendência de Tecnologia da Informação da Seplag está finalizando um sistema para que o servidor faça o processo de solicitação do pagamento. Esse sistema estará disponível dentro do Portal do Servidor, garantindo transparência e celeridade ao processo”, ressalta o secretário Basílio.

O presidente da Associação Mato-grossense dos Servidores Públicos da Educação (AMPE), professor Fábio Bernardo da Silva, destacou a atuação no estado em resolver uma demanda que se arrastaa por décadas. “Esse é um marco histórico não só para os profissionais, mas para toda a população que recebe os serviços da Educação”, diz.

Também participaram da solenidade o vice-governador Otaviano Pivetta; o Procurador-geral do Estado, Francisco Lopes; o Corregedor-Geral do TJMT, desembargador Juvenal Pereira da Silva; a desembargadora do Núcleo de Cooperação Judiciária do TJMT, Antônia Siqueira Gonçalves; entre outros.

Fonte: Governo MT – MT

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