Portugal continua sendo um destino atrativo para brasileiros em busca de novas oportunidades de trabalho. Com a presença marcante de conterrâneos em terras lusas, surge a curiosidade de muitos sobre as possibilidades e desafios do mercado de trabalho do país europeu.
Para esclarecer essas dúvidas, especialistas em direito e educação compartilharam informações valiosas e depoimentos de brasileiros que já se estabeleceram em áreas diversas, como turismo, saúde e estética.
“O mercado de trabalho em Portugal tem se mostrado receptivo aos brasileiros, reconhecendo não apenas a qualificação profissional, mas também as características como gentileza e simpatia”, destaca Renata Maida Freire, diretora da Academia eFuturo para o Brasil, residente em Lisboa.
Além de ocupar o primeiro posto entre as nacionalidades mais presentes no país, os brasileiros são valorizados em setores como turismo, educação, estética e cuidados a idosos.
“Os portugueses amam os esteticistas brasileiros, pois investimos em nossa formação profissional e estamos sempre nos atualizando”, conta Tatiane Martins, esteticista em Lisboa.
Com diversas opções de contratos de trabalho, como termo certo, sem termo e temporário, os brasileiros podem encontrar oportunidades em áreas em crescimento, como tecnologia da informação, marketing digital e gestão.
“Mais do que julgar as diferenças, é essencial olhar para as barreiras como oportunidades de inovação”, complementa Renata.
Para ingressar no mercado de trabalho português, é fundamental obter o visto adequado. Com opções como o visto D1 para contrato de trabalho e o visto D4 para estudantes maiores de 18 anos, brasileiros têm a possibilidade de trabalhar legalmente em Portugal.
“Uma prévia assessoria jurídica qualificada pode auxiliar em todo o planejamento migratório, economizando recursos financeiros e facilitando a adaptação à nova cultura”, ressalta Thiago Soares, advogado com registro na Ordem dos Advogados Portugueses.
Além disso, a realização de cursos profissionalizantes certificados pela DGERT pode ser uma forma eficaz de se inserir no mercado de trabalho português. Com alta empregabilidade, esses cursos abrem portas não apenas em Portugal , mas em toda a União Europeia.
“Os cursos certificados preparam os candidatos de forma rápida e qualificada, possibilitando a obtenção do visto de acompanhamento familiar”, destaca Kelly Soares, advogada em Lisboa.
Cursos
Com a representação da eFuturo no Brasil, os interessados em realizar um curso profissionalizante em Portugal têm a oportunidade de iniciar a parte teórica online por aqui, facilitando a mudança para o país europeu. Ao desembarcar em solo português, os alunos finalizam os conteúdos e realizam a parte prática do curso de forma presencial em Lisboa ou no Porto.
Com a idade mínima de 18 anos e a conclusão do Ensino Médio exigida para alguns cursos, a eFuturo garante um desempenho mínimo de 70% nas avaliações para a obtenção do diploma.
Uma das histórias de sucesso é a de Layanne Carmo, 24 anos, que migrou de Pernambuco para Portugal em busca de novas oportunidades. Formada em direito e trabalhando como recepcionista em uma guest house, Layanne optou pelo curso de cruzeiros da eFuturo devido à grade curricular abrangente, que lhe permite atuar em navios, hotéis ou restaurantes em Portugal.
“Resolvi mudar de carreira para trabalhar em uma área mais abrangente como o turismo e poder atuar em vários países do mundo”, lembrou.
Além da experiência de Layanne, a advogada Kelly ressalta a importância de providenciar o visto de estudo ainda no Brasil para os interessados em realizar os cursos em Portugal.
A regularização por meio do curso profissionalizante é apontada como a forma mais acessível para garantir a legalidade no país europeu. Com estágios de três a quatro meses oferecidos como requisito para a conclusão dos cursos, a empregabilidade dos formados chega a 80%, com possibilidade de futuros contratos de trabalho e networking.
Ritiely Morais, formada em técnico auxiliar de educação, é um exemplo de sucesso com a oportunidade de estágio oferecida pelo curso. Atualmente trabalhando em uma creche em Almada, perto de Lisboa, Ritiely destaca a estabilidade financeira conquistada e as portas que se abriram graças à formação profissionalizante.
“Em novembro de 2022, consegui um estágio em uma escola particular de referência. Dois meses depois, fui contratada e atualmente trabalho em uma creche em Almada, perto de Lisboa, conciliando o trabalho de baby-sitter particular. Fazer o curso foi a melhor escolha desde que me mudei para Portugal. Ele abriu muitas portas e me permitiu fazer o que amo, com mais estabilidade financeira”, conta.
Com certificação europeia válida em todos os países da União Europeia, os formados pela eFuturo têm a possibilidade de internacionalizar suas carreiras e buscar oportunidades em nações como Alemanha, França, Espanha e Itália.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.