Na segunda-feira (9), o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, disse em uma entrevista coletiva à imprensa que “Yahya Sinwar é um homem morto”. Sinwar foi o comandante do ataque contra Israel que desencadeou a guerra, que em seu quarto dia de duração já deixou quase 1,7 mil mortos.
Sinwar se tornou o líder do grupo Hamas na região da Faixa de Gaza em 2017. Nascido em 1961, no campo de refugiados de Khan Younis, Sinwar hoje tem 60 anos de idade, mas passou 23 anos de sua vida em prisões israelenses.
O líder do Hamas foi condenado quatro vezes à prisão perpétua pela morte de dois soldados da IDF. Em 2011, foi libertado com mais 1.026 prisioneiros palestinos em troca do soldado israelense Gilad Shalit, que havia sido sequestrado pelo Hamas.
Até o momento, o líder do movimento não foi encontrado. As forças israelenses direcionaram bombardeios à casa e ao gabinete de Sinwar, mas o chefe do Hamas não foi atingido.
Não é a primeira vez que um chefe do Hamas é procurado por Israel. No início dos anos 2000, Israel ordenou o assassinato de dois comandantes do Hamas: em 2002, o fundador do grupo Ahmed Yassin, e em 2004, Abdel Aziz Rantissi.
O que é o Hamas?
Hamas é a sigla para “Movimento de Resistência Islâmica”, nome do grupo militante islâmico palestino que governa atualmente a Faixa de Gaza. O movimento tem um braço filantrópico, que presta serviços sociais ao povo palestino, um braço político e um braço armado, o mais conhecido dos três.
O Hamas não reconhece Israel como país, e passou a governar a Faixa de Gaza em 2007, após diminuição do poder da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Hamas e Israel já se enfrentaram diversas vezes.
Ameaças após o ‘cerco completo’
“Nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás. Tudo bloqueado”, disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, referindo-se aos palestinos.
Após Israel ordenar o “cerco completo” da Faixa de Gaza, onde vivem mais de 2 milhões de palestinos, o Hamas ameaçou executar cada um dos 150 reféns detidos pelo movimento a cada ataque de Israel ao grupo em Gaza.