Tim Walz foi escolhido na terça-feira (6) pela candidata democrata Kamala Harris para ser seu vice na corrida pela Casa Branca, uma nomeação que consagra o percurso atípico deste ex-professor, que se tornou governador.
Pouco conhecido fora das fronteiras do seu estado, Minnesota, o sexagenário se destacou nas últimas semanas por suas pequenas alfinetadas repetidas contra Donald Trump e seu entorno, que ele não cessou de qualificar como “caras estranhos”.
“Não temos medo de caras estranhos”, disse este político afável, de fala rápida, durante uma reunião de campanha. “Acredite na minha experiência como professor, os valentões não têm poder.”
Este nativo de Nebraska passou de fato muitos anos no meio educacional, especialmente como professor de geografia e treinador de futebol americano.
É notável que esse homem de óculos retangulares tenha ensinado por alguns meses na China, logo após os eventos de Tiananmen na primavera de 1989.
“O fato de poder estar em uma escola secundária chinesa naquele momento crucial parecia realmente essencial”, confessou ele anos depois diante de uma comissão do Congresso americano, onde atuou durante 12 anos.
Quando surgiram os primeiros rumores sobre sua nomeação como companheiro de chapa de Kamala Harris, alguns internautas se perguntaram se a dupla realmente tinha a mesma idade, acompanhando suas mensagens com uma foto de Tim Walz, com o couro cabeludo visível.
“Fui monitor de cantina por 20 anos. Você não faz esse trabalho sem arrancar os cabelos”, respondeu com humor o político de 60 anos no X.
George Floyd
Em janeiro de 2019, Tim Walz assumiu o cargo de governador de Minnesota, um estado da região dos Grandes Lagos, fronteiriço com o Canadá.
Pouco mais de um ano depois, ele foi forçado a lidar com duas crises importantes: a pandemia de Covid-19 e a morte do afro-americano George Floyd, sob o joelho de um policial branco.
Minneapolis, a maior cidade do estado, pegou fogo, dando início a um imenso movimento de manifestações antirracistas que abalou a América durante vários meses.
Os republicanos acusam o governador de ser muito complacente na gestão da criminalidade, enquanto os democratas, ao contrário, elogiam seu desempenho em matéria de proteção ao direito ao aborto.
Após a decisão da Suprema Corte de junho de 2022, que anulou a proteção constitucional do aborto, Tim Walz se comprometeu a tornar seu estado um santuário para mulheres que buscam abortar.
Uma clínica, localizada no estado vizinho de Dakota do Norte, muito mais repressivo, mudou-se de seu lado da fronteira.
Em março de 2024, ele participou da primeira visita de uma vice-presidente a uma clínica que realiza abortos, Kamala Harris, com quem ele espera agora alcançar a Casa Branca.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.