María Corina Machado Parisca se tornou a figura mais forte da oposição na Venezuela, ao conquistar as primárias do país, destinando-se a enfrentar Nicolás Maduro e o movimento chavista nas eleições nacionais programadas para 2024.
Machado, com 56 anos e mãe de três filhos, provém de uma família influente, liderada por um empresário no setor metalúrgico, cujas empresas foram expropriadas durante o governo de Hugo Chávez. Sua mãe, por outro lado, é uma psicóloga e praticante de tênis.
Profissionalmente, María Corina Machado possui uma formação em engenharia industrial, com especialização em finanças, e acumulou experiência em diversas empresas do setor industrial. Posteriormente, ela se envolveu em organizações voltadas para o combate à pobreza e na fiscalização eleitoral.
Seus laços com o Partido Republicano dos Estados Unidos a levaram a uma reunião na Casa Branca, onde se encontrou com o então presidente George W. Bush em 2005 para discutir a crescente situação venezuelana, marcada pela proximidade de Chávez com Fidel Castro.
No entanto, no âmbito do chavismo, Machado foi frequentemente acusada de colaborar com o que era referido como um “golpe imperialista”. Alegações de recebimento irregular de fundos de organizações americanas resultaram em sua proibição de sair do país durante três anos.
Em 2010, María Corina Machado foi eleita deputada independente na Assembleia Nacional, onde adotou uma postura anticomunista e crítica em relação às expropriações levadas a cabo pelo governo.
Em 2012, ela participou das primárias da oposição, mas enfrentou uma derrota expressiva para Henrique Capriles, que, contudo, retirou-se do pleito posteriormente.
Em 2014, Machado liderou juntamente com Leopoldo López um movimento de protesto com o objetivo de remover Maduro do poder, o que resultou na sua destituição do cargo na Assembleia, sob acusação de conspiração para um golpe.
Ao longo dos anos, Machado se consolidou como uma das líderes mais radicais da oposição, organizando protestos, classificando o governo como uma ditadura e recusando qualquer negociação com o chavismo. Ela também criticou veementemente a oposição tradicional.
Apesar de ter sofrido uma queda em sua popularidade entre 2019 e 2021, María Corina Machado viu seu apoio ressurgir após o declínio da liderança de Juan Guaidó.
Visão política
Suas propostas incluem a abertura econômica da Venezuela para investimentos internacionais, desestatização de empresas, busca por empréstimos e permitir a exploração das reservas de petróleo do país pela iniciativa privada.
Durante a campanha das primárias, Machado relatou ter sido alvo de perseguições, chegando a revelar que foi atingida por sangue animal durante uma de suas viagens.
Apesar de sua vitória nas primárias, María Corina Machado enfrenta incertezas quanto à sua elegibilidade nas eleições de 2024, uma vez que foi condenada em 2016 por corrupção e formação de quadrilha. No entanto, ela nega as acusações.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.