Na última terça-feira (25), o General Juan José Zúñiga do Exército Boliviano foi destituído de seu cargo de Comandante Geral, sob acusações de liderar uma tentativa de golpe contra o governo do Presidente Luis Arce.
Zúñiga, uma figura proeminente na hierarquia militar desde 2022, é reconhecido por sua experiência em inteligência militar e foi descrito como um espião do governo.
Conhecido popularmente como “general do povo”, Zúñiga mantinha relações amigáveis com movimentos sindicais, porém enfrentava sérios conflitos com o ex-Presidente Evo Morales.
As tensões recentes escalaram quando Zúñiga fez duras críticas públicas a Morales, afirmando que não permitiria uma futura presidência de Evo.
Em resposta, o ex-presidente condenou as declarações do general como ameaças sem precedentes em um estado democrático, exigindo responsabilização dos líderes militares.
Em entrevista ao jornal El Deber, Zúñiga reafirmou seu compromisso com a defesa da unidade nacional, alegando ameaças internas e externas visando desestabilizar a Bolívia em benefício próprio.
Corrupção
Além disso, Zúñiga enfrenta suspeitas de envolvimento em operações de contrabando e acusações de desvio de aproximadamente 3 milhões de Bolivianos destinados a iniciativas sociais.
A quarta-feira testemunhou a prisão do general sob acusações de mobilizar tropas e veículos blindados em direção ao palácio presidencial em La Paz—uma ação interpretada como tentativa de golpe.
O confronto entre Presidente Arce e Zúñiga marcou um momento crítico na crise em curso, com Arce emitindo ordens diretas ao general destituído.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.