Conhecido como Fito, o criminoso foi condenado a 34 anos de prisão em 2011, por crimes como narcotráfico e homicídio. Ele é considerado um dos criminosos mais perigosos do Equador e esta não é a primeira vez que ele foge da cadeia.
Fito tem 44 anos e cumpria pena em uma prisão no litoral, perto de Guayaquil, desde quando foi condenado. Ele desapareceu pouco antes de ser transferido para uma prisão de segurança máxima, de acordo com a mídia local. Mais de três mil policiais foram deslocados para procurar pelo criminoso, até mesmo em telhados e esgotos da prisão.
De início, as autoridades consideraram a possibilidade de Fito ter se escondido dentro da própria prisão, que é controlada pela facção que ele lidera. O grupo tem raízes na Província de Manabí e ligação com o Cartel de Sinaloa, um dos maiores grupos criminosos do mundo e que tem base no México.
A Los Choneros também é acusada de homicídios, roubos e extorsões, além de conflitos com outras facções do narcotráfico.
As autoridades demoraram a reconhecer a fuga do criminoso publicamente, mas o sumiço de Fito gerou rebeliões em prisões de todo o país.
José Adolfo Macías se tornou líder do grupo criminoso após a morte do líder anterior, Júnior Roldán, que havia saído da prisão. Roldán morreu na Colômbia, segundo as autoridades.
Além disso, esta não é a primeira vez que Fito desaparece da prisão. Ele havia fugido com outros criminosos em 2013, após cumprir somente dois anos de pena na prisão de segurança máxima que fica em Guayaquil, conhecida como A Rocha.
À época, ele escapou usando um barco pelo rio Daule, que corre paralelo à prisão. Ele foi capturado três meses depois e levado de volta à instituição.
De acordo com o jornal Primicias , o criminoso se formou em direito na prisão de Guayaquil e, de lá, controlava suas operações de tráfico de drogas. Em maio de 2013, Fito tinha um patrimônio de mais de US$ 23 milhões, conforme a publicação.
A quadrilha da qual ele é líder também é suspeita de manter um esquema de extorsão contra os demais presos.
Ao jornal, um dos homens que conviveu com Macías em uma prisão regional relatou que ele construiu piscinas em espaços dos pavilhões destinados a banhos de sol, além de organizar festas, gravar vídeos, fazer coletivas de imprensa e usar drones armados.
De acordo com ele, que deu entrevista ao jornal em condição de anonimato, os prisioneiros “não têm escolha, têm que ser cúmplices”. “Eles nos ameaçam e ameaçam nossas famílias. Los Choneros cobram uma ‘mensalidade’ dos presos, sem contar as coisas que eles nos obrigam a comprar.”