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Agronegócio

Queda no preço do algodão contrasta com expansão da área plantada no Brasil

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Os preços do algodão em pluma caíram significativamente, operando abaixo de R$ 4 por libra peso, um nível não visto desde o final de julho. Essa queda é atribuída à maior disponibilidade interna e ao enfraquecimento das cotações externas e da paridade de exportação. No entanto, a produção de algodão no Brasil continua em expansão, com a safra 2022/23 projetada entre 3,1 e 3,37 milhões de toneladas, um aumento de 3% em relação à safra anterior.

Esse crescimento reflete um aumento de 8% na área plantada, que ultrapassa 18 milhões de hectares, a maior dos últimos 22 anos. O Mato Grosso, responsável por cerca de 70% do plantio, lidera essa expansão, seguido pela Bahia e outros estados produtores. A maior área plantada é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a redução das margens do milho safrinha e os desafios climáticos enfrentados pelos produtores de soja, que optaram pelo algodão como alternativa.

Apesar da queda nos preços internacionais, os custos de produção também diminuíram, trazendo alívio aos produtores. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima uma redução de 19% nos custos totais de produção nesta safra no estado.

Desafios e Perspectivas de Exportação – No cenário internacional, a produção global de algodão deve diminuir 5%, com oferta estimada em 24,5 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Com isso, o Brasil pode se consolidar como o terceiro maior produtor mundial, superando os Estados Unidos e ficando atrás apenas da China e da Índia.

A exportação de algodão brasileiro para 2023/24 está projetada em 2,5 milhões de toneladas, um aumento de 50% em relação ao período anterior, impulsionado por estoques iniciais robustos de mais de 2 milhões de toneladas. A China continua sendo o principal destino do algodão brasileiro, representando 29% das exportações de 2023. As expectativas para 2024 são positivas, com crescimento da demanda, especialmente em países asiáticos e investimentos em programas de certificação de qualidade.

Cuidados na Semeadura Antecipada – Devido ao fenômeno El Niño, que impactou a safra de soja e milho em 2023, houve uma antecipação na semeadura da segunda safra de algodão. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), quase 60% das áreas já tinham sido semeadas até janeiro, um avanço de 20% em comparação à safra anterior.

Para garantir boa produtividade e qualidade da fibra, os produtores devem investir no manejo adequado no início do ciclo, escolhendo variedades de sementes mais resistentes e realizando o controle preventivo de pragas e doenças. Além disso, a nutrição contínua das plantas e adubações complementares são essenciais para o sucesso da safra.

Em meio a desafios e oportunidades, o mercado de algodão no Brasil segue em expansão, com perspectivas promissoras para 2024.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Perspectiva de aumento na área de arroz e feijão na safra 24/25

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Em meio aos desafios climáticos que se apresentam a cada nova safra, arroz e feijão devem apresentar novo crescimento no volume a ser colhido no ciclo 2024/2025. A alta é influenciada pela ligeira recuperação na área plantada dos dois principais produtos de consumo dos brasileiros, como mostra a 12ª edição das Perspectivas para a Agropecuária. A publicação, divulgada nesta terça-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Banco do Brasil (BB), aponta ainda que a produção de grãos na temporada 2024/2025 tem potencial para atingir 326,9 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde na série histórica.

De acordo com a análise da Conab, a projeção é de um incremento na área destinada ao arroz na temporada 2024/2025 mais intenso do que o identificado na safra 2023/2024. Os preços e a rentabilidade da cultura encontram-se em um dos melhores patamares históricos para o produtor. Com isso, a perspectiva é de uma alta expressiva de 11,1% na área destinada para o grão, e uma produção que deve ficar em torno de 12,1 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018. Para a safra de 2024/2025, a perspectiva de maior disponibilidade interna do grão, aliada à demanda aquecida do mercado internacional pelo arroz brasileiro, e a projeção de arrefecimento dos preços internos, abre espaço para um possível aumento das exportações do produto, que podem chegar a 2,0 milhões de toneladas.

Dupla do arroz no prato dos brasileiros, o feijão também tende a apresentar aumento na área no próximo ciclo. Projeta-se um incremento de 1,2% em relação a 2023/2024. Como a produtividade das lavouras tende a apresentar ligeira queda, a colheita da leguminosa deverá se manter dentro de uma estabilidade próxima a 3,28 milhões de toneladas, a maior desde 2016/2017. Com isso, a produção segue ajustada à demanda e deverá continuar proporcionando boa rentabilidade ao produtor.

A Conab também prevê um novo aumento para a área destinada à cultura do algodão, podendo chegar a 2 milhões de hectares, elevação de 3,2% em relação à safra 2023/2024. Na região do Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, é onde se espera o maior crescimento em termos proporcionais. Os produtores têm investido na fibra, uma vez que o produto apresenta boa rentabilidade em relação a outros grãos, grande facilidade de comercialização antecipada e excelente competitividade em termos de preço e de qualidade da pluma brasileira no mercado internacional. Esses fatores influenciam na expectativa de produção da temporada 2024/2025, quando se espera uma colheita de 3,68 milhões de toneladas apenas da pluma.

Fonte: Pensar Agro

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