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Agronegócio

Queda na cobertura do seguro rural preocupa produtores agrícolas

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Além dos efeitos das mudanças climáticas estarem impactando a produção agrícola (veja aqui a reunião de emergência para discutir o problema) a proteção oferecida pelo seguro rural, no Brasil, está em queda, enquanto outros grandes produtores agrícolas, como Estados Unidos, Argentina e Índia, estão aumentando sua cobertura.

Dados revelam que a área segurada no Brasil diminuiu em 52,86% nos últimos três anos, encerrando o ano de 2023 em 6,25 milhões de hectares, contra 13,26 milhões de hectares em 2020. Em contraste, nos Estados Unidos, a área coberta pelo seguro rural cresceu para mais de 210 milhões de hectares no ano passado, saindo de 160,89 milhões de hectares em 2020.

Na Argentina e na Índia, a situação não é diferente. Em 2022, 21,22 milhões de hectares argentinos estavam segurados, enquanto na Índia esse número era de 22,16 milhões de hectares.

A maior parte da área segurada no Brasil concentra-se no cultivo de grãos, como milho, soja e trigo. Apesar do potencial do país nesse setor, ainda há um longo caminho a percorrer.

A volatilidade dos recursos públicos destinados ao subsídio do seguro rural é apontada como um dos principais obstáculos no Brasil. A seca que afetou as lavouras em 2021 e o consequente aumento nos preços das apólices, juntamente com o aumento dos custos de produção, contribuíram para a queda na área segurada nos últimos anos.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, onde a área segurada continua a crescer, a maioria dos produtos agropecuários é regulamentada pela Agência de Gestão de Risco (RMA), subsidiada pelo governo federal.

No Brasil, a previsão para 2024 é que o governo destine R$ 964,5 milhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), um aumento em relação aos R$ 933 milhões executados no ano anterior. No entanto, os esforços para aumentar esse valor têm encontrado resistência.

Para Joaquim Neto, presidente da comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), a batalha por mais recursos para o seguro rural é constante, com tentativas frequentes de sensibilizar o governo para a importância desse setor.

A situação atual, marcada por eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, sugere a necessidade de repensar os modelos de seguro rural adotados no Brasil. O cenário de uma potencial nova queda na área segurada em 2024 alerta para a urgência de medidas que garantam uma proteção adequada às lavouras brasileiras diante dos desafios climáticos em constante evolução.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fiagros alcançam R$ 41,7 bilhões e ganham força no mercado de capitais agroindustrial

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Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.

Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.

Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.

Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.

Fonte: Pensar Agro

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