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Política Nacional

Qualquer dinheiro aplicado na educação vale a pena, diz presidente

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou, nesta terça-feira (4), o papel transformador da educação, ao participar da cerimônia de retomada das obras do campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, no Paraná.

“É só ter um mínimo de inteligência para saber que qualquer dinheiro que a gente colocar na educação vale a pena. Porque é investimento”, destacou o presidente em discurso.

Durante o ato, que também marcou a posse da nova reitora da Unila, Diana Araújo Pereira, foi assinado protocolo de intenções para a retomada das obras do Campus Niemeyer, ao qual serão destinados R$ 600 milhões provenientes dos caixas da Itaipu Binacional. O prazo para conclusão dos trabalhos é de três anos, de acordo com a universidade. O campus da Unila é o último projeto assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, falecido em dezembro de 2012. O projeto foi doado pela Itaipu, que também doou o terreno onde está sendo erguida a obra.

A Unila foi criada em 2010, no último ano do segundo mandato do presidente Lula e é considerada um símbolo da integração da América Latina e da cooperação entre países pobres e em desenvolvimento.

“Esta universidade é a revolução que eu quero para a América Latina. Uma América Latina politizada, com milhões de engenheiros”, afirmou Lula.

Segundo o governo federal, serão concluídas as obras da primeira fase do futuro campus, paralisadas há nove anos com 41,58% dos trabalhos executados. Essa etapa inclui o prédio principal, com 18 andares, o bloco de salas de aula e o restaurante, estruturas que possibilitam o funcionamento do campus e a ampliação do número de vagas da universidade. A segunda etapa do campus – que inclui teatro, biblioteca e laboratórios – não está incluída neste protocolo.

Obras paralisadas

De acordo com informações da própria Unila, as obras começaram em julho de 2011 e foram paralisadas três anos depois, em junho de 2014, quando o consórcio Mendes Júnior-Schahin abandonou a construção, alegando desequilíbrio econômico-financeiro em razão do aumento de custos originados por divergências e incompatibilidades no projeto e a necessidade de alteração nas fundações do prédio de aulas e restaurante, após a descoberta de falhas geológicas.

Além de romper o contrato, o consórcio recorreu à Justiça Federal solicitando a rescisão formal e o pagamento dos valores solicitados como aditivo contratual e negados pela Unila.

A universidade também recorreu à Justiça em razão do rompimento unilateral do contrato, pedindo o ressarcimento de valores gastos com a locação de imóveis para abrigar suas atividades e, ainda, a aplicação de multas pelo atraso na entrega da obra, que estava previsto para 2013. As ações ainda tramitam na Justiça. Atualmente, a Unila funciona em instalações e prédios alugados em Foz do Iguaçu.

Convênio

Durante a cerimônia, foi anunciado um documento que trata do repasse de R$ 17 milhões para a compra de equipamentos e mobiliários para 278 escolas no oeste paranaense, rm uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e o governo do estado.

A Itaipu Binacional também anunciou a realização de um leilão para venda de um lote desocupado em Foz no Iguaçu para a construção de moradias populares.

Mercosul

Mais cedo, na cidade argentina de Puerto Iguazú, que fica na região da tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, o presidente Lula participou da 62ª Cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e Países Associados. Na ocasião, o governo brasileiro assumiu a presidência temporária do bloco regional pelo próximo semestre [https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-07/nao-temos-alternativa-que-nao-seja-uniao-diz-lula-na-argentina].

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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