O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste sábado (24) que a rebelião do Grupo Wagner foi uma “punhalada nas costas” e prometeu punir quem trair as forças armadas russas.
Durante o pronunciamento, Putin disse que as Forças Armadas já receberam as ordens necessárias para que todos os responsáveis pelo motin sejam exemplarmente punidos.
“É um golpe para a Rússia, para o nosso povo. E nossas ações para defender a Pátria contra tal ameaça serão duras.”
“Todos aqueles que deliberadamente pisaram no caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que seguiram o caminho da chantagem e métodos terroristas, sofrerão punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo”, afirmou o presidente.
O presidente assumiu que a situação em Rostov-on-Don, cidade tomada pelos mercenários, é complicada, e declarou que será necessário “unir forças” para deixar as diferenças de lado.
Segundo, Prigozhin o Ministério de Defesa da Rússia foi responsável pelos ataques contra acampamentos do grupo mercenário. Ele arantiu que o grupo irá contra-atacar.
“Aqueles que destruíram nossos rapazes serão punidos. Peço que ninguém ofereça resistência. Somos 25 mil e vamos descobrir por que o caos está acontecendo no país”, disse. “Este não é um golpe militar. É uma marcha por justiça. Nossas ações não interferem de forma alguma nas tropas”.
O posicionamento repercutiu na Rússia e o Ministério da Defesa soltou uma nota para dizer que as acusações do ex-aliado de Putin eram mentirosas e “uma provocação informativa”. O órgão também relatou que o presidente do país tinha conhecimento do caso e estava tomando medidas.
Um dos serviços de segurança da Rússia abriu um processo criminal contra Prigozhin. Ele é acusado de incentivar um levante contra o governo russo. Caso seja condenado, pode pegar 20 anos de prisão.