O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez uma visita surpresa a Mariupol, na Ucrânia, na noite de sábado (18). Essa foi uma das primeiras a ter o controle russo após a deflagração da guerra contra os ucranianos.
Putin foi recebido pelo vice-chanceler do país, Marat Khusnullin, que mostrou os trabalhos para a reconstrução da cidade. Khusnullin ainda apresentou Putin a moradores da cidade e militares russos.
Essa é a primeira visita de Putin ao país vizinho desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Horas antes, o chefe do Kremlin foi à Crimeia, território tomado pela Rússia em 2014.
Durante a visita, Putin evitou citar a guerra ou falar com a TV estatal. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ainda não se pronunciou sobre a ida de Putin a região de Donbass.
Mariupol está entre as cidades mais destruídas pela guerra. O município ganhou repercussão após um míssel russo atingir um teatro onde famílias estavam abrigadas. Outro míssel atingiu uma maternidade da cidade.
Pedido de prisão
A visita de Putin à Ucrânia foi vista por autoridades internacionais como uma afronta ao Tribunal Penal Internacional (TPI). Na sexta (17), a Corte expediu um mandado de prisão contra o presidente russo por crime de guerra.
O Kremlin ignorou o pedido e disse ter validade “nula e sem efeito”. O governo russo ainda ironizou a decisão ao dizer que as justificativas do tribunal são “inaceitáveis e ultrajantes”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.