“O regime de Kiev e seus mestres ocidentais assumiram completamente o controle da economia do país”, afirmou o presidente russo em discurso anual .
“Eles destruíram a indústria e a economia ucranianas”, acrescentou.
Na ocasião, Putin também disse que o “estado material” para os ucranianos se degradou pelas baixas durante o conflito . “Eles são responsáveis pela escalada da situação na Ucrânia… Pelo grande número de baixas”, disse o mandatário.
“E, claro, o regime de Kiev é essencialmente estranho ao povo da Ucrânia. Eles não estão protegendo seus próprios interesses, mas os de seus países de guarda.”
No discurso, ele também acusou a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de inflamar o conflito na crença errônea de que poderia derrotar Moscou em um confronto global.
Para ele, o Ministério da Defesa da Rússia e a corporação nuclear deveriam, portanto, estar também prontos para testar as armas nucleares russas, se necessário.
“É claro que não faremos isso primeiro. Mas se os Estados Unidos realizarem testes, então nós o faremos. Ninguém deve ter ilusões perigosas de que a paridade estratégica global pode ser destruída”, disse o presidente russo.
Segundo o conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, a Rússia foi avisada da visita poucas horas da viagem . A resposta de Moscou, no entanto, não pôde ser divulgada por motivos de segurança.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.