“Nenhuma chantagem vai ter resultados. Toda a sociedade russa, todos estávamos unidos pela responsabilidade pelo destino da nossa terra mãe. Desde o começo houve esforços para neutralizar a ameaça do motim armado”, comentou Putin.
“Eles queriam que os russos lutassem uns contra os outros, eles sonharam em se vingar pelos próprios fracassos no front, durante a chamada contra-ofensiva, mas eles calcularam mal”, acrescentou.
Putin também aproveitou o discurso para agradecer aos integrantes do Grupo Wagner que não quiseram participar do motim. Na avaliação do presidente russo, os comandantes e soldados que não aderiram a tentativa de golpe contra o governo russo evitaram o “derramamento de sangue”.
Putin deu três opções aos paramilitares
O presidente da Rússia relatou que os mercenários são patriotas e deu três opções para cada um poder escolher: Fazer um contrato com o Ministério da Defesa para seguir nos combates; largar as armas e “retornar para suas famílias e entes queridos; ou ir para a Belarus.
Em nenhum momento do seu pronunciamento, Putin mencionou o nome de Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo miliciano Wagner.
Prigozhin comunicou que seu objetivo não era derrubar o governo, mas retirar os generais que cuidam do Ministério da Defesa.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.