O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou uma ordem executiva que determina que todos que “contribuam para o cumprimento dos objetivos das Forças Armadas” do país façam um juramento de lealdade ao Kremlin. Com a decisão, os integrantes do Grupo Wagner que estiverem ao lado da Rússia deverão cumprir a medida.
“Alegações contra o Kremlin são ‘mentiras completas'”, afirmou o porta-voz Dmitry Peskov a jornalistas. Segundo ele, havia “muita especulação” em torno da queda do avião e da “morte trágica” dos passageiros a bordo.
“No Ocidente, é claro que esta especulação vem de um certo ângulo. É tudo uma mentira completa. É claro que quando falamos sobre esta questão devemos nos guiar apenas pelos fatos”, disse ele. “Não temos muitos fatos neste momento, os fatos precisam ser esclarecidos durante a investigação oficial que está sendo realizada neste momento.”
O juramento, de acordo com o governo russo, tem o objetivo de “moldar as bases espirituais e morais para a defesa da Federação Russa, da sua independência e da Constituição”. O texto ainda contém uma linha dizendo que os que o prestam devem seguir rigorosamente as ordens dos comandantes e líderes seniores.
Nenhum dos membros do Grupo Wagner que participaram da rebelião será alvo de perseguição criminal. Os mercenários que não aderiram à revolta serão integrados ao Ministério da Defesa russo.
Na ocasião, também foi acordado que Prigozhin se exilasse em Belarus, país aliado de Moscou, e deixar o front na Ucrânia e em São Petersburgo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.