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Política Nacional

PT do Rio pensa em 2024 e quer manutenção de Daniela Carneiro

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Daniela Carneir, ministra do Turismo
Billy Boss/Câmara dos Deputados

Daniela Carneir, ministra do Turismo

O diretório estadual do PT no Rio de Janeiro pressiona o governo Lula a manter Daniela Carneiro no Ministério do Turismo e tenta convencer a cúpula petista sobre a importância da ministra para as eleições de 2024. A legenda emitiu uma nota de apelo ao Palácio do Planalto neste domingo (10).

Assinado pelo presidente do diretório, João Maurício, o documento apela para o apoio dado por Daniela e seu marido, Wagner Carneiro, prefeito de Belford Roxo, na campanha petista. O texto ressalta a importância do trabalho da ministra do Planalto e lembra que Daniela pode fortalecer o Turismo no Brasil.

“A Ministra Daniela é uma parceira da construção política em nosso Estado, possui competência e capacidade de construção coletiva, uma parceria importante para a política Fluminense, sua permanência é a consolidação de um Estado do Rio de Janeiro forte e representado na equipe de Ministros do Presidente Lula. Eu, como Presidente do PT-RJ, encaminho esta nota no sentido de solicitarmos ao Presidente Lula a permanência da Ministra, e do fortalecimento do Ministério do Turismo, para que neste sentido seja um importante construtor do desenvolvimento em nosso país”, afirma Maurício.

O pedido, porém, visa a disputa eleitoral de 2024. Nos bastidores, o partido entende que o capital político de Waguinho, marido da ministra, pode alavancar o número de prefeituras do PT no estado.

Na capital, a legenda tende a apoiar a reeleição de Eduardo Paes (PSD), mas deve disputar as principais prefeituras da Baixada Fluminense. Entre elas está a de Belford Roxo, onde Waguinho tem forte apelo político.

“Tanto ela quanto o prefeito Waguinho foram muito leais no segundo turno da eleição do Lula. Estamos construindo uma relação para 2024 prioritariamente com todo mundo que teve junto com a gente na última eleição e nisso a Daniela, o Waguinho e todo o grupo dele são muito importantes”, ressaltou o diretório.

Entretanto, a manutenção de Daniela no Ministério do Turismo é quase nula. O Centrão, principalmente o União Brasil, tem pressionado Lula a tirar a ministra do comando em troca de capital político no Congresso Nacional.

Para o lugar dela está cotado o deputado Celso Sabino (União Brasil-PA). Além de Daniela Carneiro, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, também poderá deixar o Palácio do Planalto.

Fonte: Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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