Depois de um apelo da avó da vítima, os manifestantes recuaram com os protestos na noite desse domingo (2).
“Parem os tumultos, parem a destruição”, pediu a mulher, identificada como Nadia, falando à emissora BFMTV . “Eu digo isso para aqueles que estão se rebelando: não quebrem janelas, não ataquem escolas e ônibus. Parem. São as mães que pegam esses ônibus.”
Ontem, mais 157 pessoas foram presas e três agentes de segurança ficaram feridos no confronto, disse o Ministério do Interior da França em comunicado.
O chefe da polícia de Paris, porém, disse que ainda é muito cedo para dizer que os atos de violência foram contidos
“Evidentemente houve menos danos, mas continuaremos mobilizados nos próximos dias. Estamos muito focados; ninguém está reivindicando vitória”, afirmou Laurent Nunez à mídia local.
O agente que atirou no adolescente foi colocado sob custódia nessa terça-feira (27) depois que o garoto morreu no hospital.
Naël estava no carro com outras duas pessoas no momento em que foram parados em uma blitz policial, segundo os promotores de Justiça envolvidos no caso.
Na abordagem, ele teria ligado novamente o veículo e acelerado, o que teria apresentado perigo físico aos policiais. “Foi nesse contexto que o policial usou sua arma de fogo”, disse o chefe da polícia de Paris, Laurent Nunez.
A versão, no entanto, foi contestada pela família do jovem com um vídeo que mostra dois policiais na lateral do veículo e, enquanto um segura a porta, o outro mantém a arma apontada para o motorista. Quando o carro acelera, o policial dispara.
Duas investigações foram abertas pela Inspeção-Geral da Polícia Nacional para apurar o caso.