MATO GROSSO
Proteção à Criança: Clarice Claudino defende expansão da Justiça Restaurativa nas escolas
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2 anos atrásem
Por
oestenewsReferência na implementação de práticas inovadoras para a resolução de conflitos com base no diálogo e na conciliação, a desembargadora Clarice Claudino, que também preside o Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), foi convidada a falar sobre os avanços alcançados pelo Poder Judiciário na disseminação da cultura da pacificação social, e como os métodos podem ser aplicados para a resolução de conflitos no ambiente escolar.
O apelo para a expansão das práticas da Justiça Restaurativa no ambiente escolar ganhou ainda mais força, após a presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Rosa Weber, declarar 2023 como o ‘Ano da Justiça Restaurativa na Educação’.
Cada vez mais utilizadas na mediação de conflitos, as práticas restaurativas se tornaram uma das principais ferramentas para o combate à cultura da litigância. Com a Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Poder Judiciário Brasileiro iniciou no ano de 2010 um grande movimento de conscientização sobre o valor do diálogo. A meta era reduzir a judicialização de conflitos, que à época registrava mais de 110 milhões de processos e apenas 14 mil magistrados em todo Brasil.
“Movimentos constantes de conscientização sobre o valor do diálogo, do consenso, e da introdução da mediação e da conciliação têm levado o Judiciário a um modelo mais sustentável de resolução de conflitos. Diferente do passado, hoje o Poder Judiciário se tornou um grande hospital de relações humanas, que não tem mais apenas um único remédio para oferecer ao cidadão. Hoje temos múltiplas portas em que convidamos as pessoas a adentrarem antes de irmos para o estágio final, que é o da sentença”, afirmou a desembargadora.
As soluções aplicadas pelo Judiciário estadual para a expansão da cultura da paz no ambiente escolar também se alinham a agenda de pacificação social preconizada pelo CNJ, no que se refere ao enfrentamento da violência escolar e o combate à evasão.
Os projetos “Eu e você na Construção da Paz”, desenvolvido pela juíza e coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), Maria Lúcia Prati, no município de Campo Verde, e “Retorno Pacificado à Escola”, desenvolvido em Tangará da Serra pela juíza da 2ª Vara Cível e coordenadora da Justiça Restaurativa em cooperação no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), Cristhiane Baggio foram citados pela desembargadora Clarice Claudino como modelo de sucesso na pacificação escolar.
“Estamos todos irmanados para cumprir o que a Constituição Federal defende, ou seja, que a criança e o adolescente são prioridades absolutas. O evento foi um sucesso do ponto de vista da mobilização social, reunindo mais de 400 pessoas presencialmente, todas mobilizadas no enriquecimento dos debates. Somente juntos teremos condição de mudar a realidade de violência que envolve nossas crianças. E aqui, cada parceiro, dentro de suas atribuições, está pronto e disposto para o enfrentamento necessário”.
Também participaram das discussões, o coordenador do Centro de Apoio Operacional da Educação, promotor de Justiça Miguel Slhessarenko Junior; o secretário de Estado de Educação, Allan Resende Porto; o diretor de Gestão Educacional da Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá, Marco Antônio Alves Braga, além do juiz auxiliar da presidência do TJMT e coordenador do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), Túlio Duailibi Alves de Souza, da diretora-geral do TJMT, Euzeni Paiva de Paula, entre juízes, juízas, promotores e promotoras de justiça, operadores(as) do Direito, professores(as) das redes estadual e municipal de educação, entre outros representantes.
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Primeira imagem: Foto horizontal colorida da mesa de debates onde estão sentados os participantes. A desembargadora Clarice Claudino está ao centro. Segunda imagem: Foto horizontal em ângulo fechado da presidente do TJMT. Ela usa camiseta laranjada do evento e um blaser verde escuro. Terceira Imagem: Procurador de Justiça Paulo Prado em entrevista para TV.Jus. Ele usa uma camiseta laranjada. Quarta Imagem: Asessora da Presidência sentada durante o painel. Ela fala ao microfone, é loira, usa blusa de manga comprida branca. Quinta imagem: Professora Maria José de Oliveira Arruda durante debate do Painel 1. Ela segura microfone com mão direita, tem cabelos longos cacheados pretos. Usa uma blusa branca e por cima uma blusa presta de botão aberta.
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Naiara Martins/Fotos: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
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