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MATO GROSSO

“Projeto Mais MT Muxirum pode ser referência para o Brasil”, afirma pesquisadora da Unesco

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A representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na região Centro-Oeste, Márcia Castilho de Sales, visita Mato Grosso nesta semana para conhecer ações do projeto Mais MT Muxirum, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O projeto, retomado em 2019 pelo Governo de Mato Grosso, atua na diminuição da taxa de analfabetismo no Estado.

A pesquisadora também visitará salas de alfabetização em Rondonópolis, a 220 km de Cuiabá, em busca de dados para mapear a realidade sobre analfabetismo, além de conhecer as boas práticas desenvolvidas nas escolas.

“Vou colocar na minha pesquisa o projeto Mais MT Muxirum como referência. Espero que outros estados o copiem, pois é uma ação belíssima. Confesso que fiquei emocionada em ver na prática como é desenvolvido”, completou Márcia, após visitar uma das salas de alfabetização no Abrigo Bom Jesus, em Cuiabá.
Projeto alfabetiza 60 idosos no Abrigo Bom Jesus – Foto: Júlio Cruz/Secom-MT

Para ela, foi assertiva a iniciativa de colocar salas de alfabetização no abrigo, onde 60 idosos estão aprendendo a ler e escrever. “Criar as salas de alfabetização, respeitando as limitações de cada grupo, deixa o Muxirum ainda mais humanizado”, disse Márcia, acrescentando que o projeto tem potencial para erradicar o analfabetismo em Mato Grosso.

Na percepção da pesquisadora, no Lar dos Idosos, por exemplo, ocorrem duas ações correlatas. “A primeira é de assistência, atendimento e acolhida. A segunda é de alfabetização, com apoio pedagógico. Ainda não tinha visto nada semelhante. Por isso eu reforço que o Mais MT Muxirum pode se tornar referência para o País”, enalteceu Márcia.

Para conseguir fazer com que as pessoas com idade acima de 15 anos que, por algum motivo deixaram de estudar, consigam concluir o ciclo de alfabetização, o projeto atua com metodologia apropriada. Os professores se deslocam até onde a pessoa que será alfabetizada reside ou em algum local próximo onde todos da região possam estudar. Dessa forma, de acordo com a Seduc, elas ficam menos propensas a desistirem.

O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, observou que, em 2023, 60 pessoas atendidas pelo lar dos Idosos foram inscritas e todas finalizaram a alfabetização. “Neste ano, o ciclo de alfabetização vai terminar em meados de novembro e vamos realizar uma nova conclusão no abrigo com outras 60 pessoas alfabetizadas”.

Ele lembrou que o projeto já alfabetizou 52 mil pessoas desde 2021. E, até o final da gestão a meta é alfabetizar mais de 70 mil pessoas.

De 2019 até o final deste ano o Estado terá investido R$ 47,7 milhões na alfabetização de jovens e adultos por meio do Mais MT Muxirum.

“As manifestações da representante da Unesco referendam todo o sucesso que objetivemos até agora com o empenho da equipe do programa na Seduc, das gestões municipais que aderiram ao Mais MT Muxirum, além dos 1.544 alfabetizadores e os 152 coordenadores locais que atuam no dia a dia das mais de 18 mil pessoas que deverão ser atendidas em 2024”, completou o secretário.

A meta da Seduc é reduzir o analfabetismo no estado para menos de 4% até o ano de 2025, até erradicá-lo totalmente.
O Programa Mais MT Muxirum faz parte das ações da Política Educação de Jovens e Adultos – EJA, uma das 30 políticas educacionais do Plano EducAção 10 Anos, que objetiva colocar a rede estadual entre as redes públicas mais bem avaliadas no país até 2032.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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