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MATO GROSSO

Projeto encerra ciclo de implantação com lançamento de revista

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O Projeto Cibus – você tem fome de quê?, lançado pelo Ministério Público de Mato Grosso em fevereiro de 2022 com o objetivo de fomentar políticas de combate à fome e à insegurança alimentar no estado, encerra seu ciclo de implantação com o lançamento de uma revista. A publicação traça uma linha do tempo, mostrando desde os motivos para a criação do projeto – 33 milhões de brasileiros passando fome –, passando pela escolha dos municípios que receberiam as ações, a articulação junto ao Governo do Estado para criação do Plano Estadual de Segurança Alimentar-Nutricional, até a implantação de hortas.

A revista mostra um dado preocupante, o fato de o Brasil ter voltado a figurar no Mapa Mundial da Fome, oito anos depois de ter superado esse problema. Dados da Pesquisa Vigisan (Inquérito Nacional Sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil), divulgada em junho de 2022, revelam que 15% da população do país não têm acesso à alimentação regular.

Mato Grosso, mesmo ostentando o título de maior produtor de grãos do país, tem 17,7% da sua população vivendo em insegurança alimentar grave.  Após um mapeamento da fome no estado, 10 municípios foram selecionados para receber o projeto e suas ações. Três deles estão na classificação de vulnerabilidade muito alta: Alto Garças, Barão de Melgaço e Vila Bela da Santíssima Trindade; quatro foram classificados como de vulnerabilidade alta: Apiacás, Cuiabá, Colniza e Ribeirão Cascalheira; e outros três considerados de média vulnerabilidade: Sorriso, São Félix do Araguaia e Tapurah.

Em todos estes municípios foram realizadas rodas de conversa para entender as necessidades da comunidade e suas peculiaridades, buscando sempre o fortalecimento da agricultura familiar e a produção sustentável e saudável.

A publicação traz imagens das primeiras hortas já plantadas e produzindo, e uma matéria especial sobre a Aldeia Wamariwê, onde o povo Xavante está aprendendo a produzir hortaliças para fortalecer a alimentação, já que as comunidades indígenas também passaram a fazer parte do Mapa da Fome no Brasil.

Uma entrevista exclusiva com o Padre Júlio Lancelloti e dois artigos abordando a temática da fome completam o exemplar, que você pode ler clicando Aqui.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Quebrando o silêncio e encorajando: “Se precisar, peça ajuda”

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Falar sobre saúde mental é algo desafiador nos tempos que vivemos, mas precisamos quebrar o silêncio e abordar esse assunto. Quantas pessoas estão, neste momento, passando por agonia, sem saber por onde começar? Muitas questões estão acumuladas no subconsciente, transformando a vida em uma aflição, quando, na verdade, a vida é um presente, uma dádiva.

No Brasil, o mês de setembro passou a ser dedicado a essa discussão a partir de 2015, por diferentes entidades que buscam esclarecer a população sobre o tema, usando a cor amarela. Assim surgiu o “Setembro Amarelo”. No entanto, uma campanha internacional teve início nos Estados Unidos após a trágica morte do jovem norte-americano Mike Emme, que tinha 17 anos. A família e os amigos não perceberam que Mike precisava de ajuda, e ele acabou tirando a própria vida.

Recentemente, a família do jovem norte-americano concedeu uma entrevista a um veículo de comunicação e compartilhou a dor da perda, que nunca tem fim para a família e os amigos. Contudo, ao olharem para a mobilização gerada pela morte do filho e a compaixão em ajudar outras pessoas a enfrentar problemas semelhantes por meio das campanhas, o sentimento de dor se transformou em uma missão de ajudar o próximo.

Histórias como essa estão por toda parte. Como mãe, esposa e atualmente servindo à população como primeira-dama do Estado, tenho a responsabilidade de falar sobre o assunto. Quero encorajar as pessoas a olhar mais para o próximo. Não estou falando de cuidar da vida do outro, mas de tentar perceber sinais que podem estar atormentando aqueles ao nosso lado. Da mesma forma, encorajo as pessoas que estão passando por problemas a encontrar um porto seguro e conversar com alguém; esse é o primeiro passo. Os sintomas do suicídio são silenciosos, e o escape se dá com a depressão, e nem sempre conseguimos identificar esses sinais.

Especialistas alertam que a depressão é uma doença psicológica grave e frequentemente subestimada, que pode levar ao suicídio. Caracterizada por alterações de humor, às vezes uma pessoa que demonstra uma alegria constante pode estar escondendo uma dor; tristeza profunda; baixa autoestima e sensação de falta de perspectiva. A depressão pode ter várias causas, incluindo fatores genéticos, perdas pessoais, desilusão amorosa e abuso de substâncias.

A doença faz com que a pessoa se sinta envergonhada, rejeitada e solitária, e, devido à sua subestimação social, pode levar a pensamentos suicidas como uma forma de escapar das angústias. É crucial buscar acompanhamento profissional para o tratamento da depressão, o qual pode reduzir significativamente o risco de suicídio.

Se você está passando por um momento difícil, saiba que não está sozinho(a). Pedir ajuda é um ato de coragem. Converse com alguém de confiança, procure um profissional e, se precisar, ligue para o CVV: 188.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), no Brasil, 12,6% dos homens, a cada 100 mil, em comparação com 5,4% das mulheres, a cada 100 mil, morrem devido ao suicídio. A única maneira de ajudar uma pessoa que está com pensamentos suicidas é o apoio de pessoas próximas e profissionais. Se precisar, peça ajuda; esse é o melhor caminho. Nem sempre conseguimos superar nossas fragilidades sozinhos. Além dos familiares e amigos, procure um profissional habilitado. O processo não é fácil, mas, com determinação e fé, a superação é uma questão de tempo.

Quem acompanha meu trabalho sabe que já passei por inúmeros desafios com minha saúde, momentos delicados. A única coisa que eu pensava era como superar algo que não dependia apenas de mim. Todas as doenças que enfrentei e a minha superação diária vão além da minha força de vontade. No meu caso, a fé em Deus, a minha família e a ajuda profissional foram primordiais, pois há momentos em que o corpo e a mente cansam. É nesse momento que precisamos ser humildes o suficiente para dizer: “Sim, eu preciso de ajuda”.

A vida é maravilhosa; a vida é um presente diário. “Se precisar, peça ajuda.”

Virginia Mendes é economista, mãe de três filhos, primeira-dama de MT e voluntária nas ações de Governo na área social por meio da Unidade de Ações Sociais e Atenção à Família (UNAF).

Fonte: Governo MT – MT

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