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MATO GROSSO

Projeto ELO: servidores participam de Círculos Construção de Paz em Barra do Garças

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Com o objetivo de disseminar a cultura da paz entre aqueles que constroem diariamente o Poder Judiciário de Mato Grosso, o Projeto ELO – Fortalecendo a Justiça realizou Círculos de Construção de Paz entre os servidores da Justiça Estadual na tarde de quinta-feira (15) em Barra do Garças.
 
A poderosa ferramenta da Justiça Restaurativa além de promover a pacificação social é responsável por possibilitar um ambiente de trabalho mais empático, respeitoso e de harmonia entre os servidores das Comarcas de Mato Grosso.
 
Na oportunidade, a iniciativa do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur) do TJMT, presidido pela desembargadora Clarice Claudino da Silva, dividiu os colaboradores do Judiciário dos Polos de Barra do Garças e São Félix do Araguaia em seis diferentes grupos para as atividades circulares.
 
A oficial de Justiça da comarca de Barra do Garças, Kátia Maciel, participou pela primeira vez dos Círculos e ficou impressionada com a ferramenta da Justiça Restaurativa. “Foi muito gratificante, acima das expectativas. Ficamos totalmente à vontade e já não vejo a hora de participar novamente. Ações como essa, do Elo, são de fundamental importância para que nós, servidores de comarcas distantes da Capital, possamos nos reconhecer pertencentes ao Judiciário.”
 
Para a analista judiciária da 1ª Vara Criminal de Barra do Garças, Amanda do Vale Carneiro, os Círculos aproximam mais as pessoas. “Com certeza iremos nos fazer mais presentes, nos conectando com os colegas e identificando no outro aquilo que também temos ou sentimos. E isso faz com que nosso serviço seja prestado de uma forma mais eficiente.”
 
Semana de Práticas Restaurativas – Plantar sementes para colher frutos. Além de ações direcionadas aos servidores durante o ELO, o NugJur realizou uma semana de práticas restaurativas com alunos de escolas públicas do 5º ao 8º Ano, no município. Também foram promovidas atividades com estudantes de psicologia do Univar – Centro Universitário do Vale do Araguaia.
 
De acordo com o gestor-geral da Justiça Restaurativa, Rauny Viana, essas práticas formam o princípio de uma sociedade do futuro. “Jovens com valores humanos mais aflorados podem colher frutos melhores na sociedade, como pessoas que enxergam além do que a sociedade traz para elas, mas aquilo que ela vai também, responsavelmente, entregar para a sociedade.”
 
#Paratodosverem Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição das imagens. Foto 1: imagem colorida com cerca de 10 servidores sentados, reunidos em círculo, em torno de palavras e elementos dos Círculos de Paz que estão no chão. A instrutora está sentada, segurando uma girafa de pelúcia, como objeto da fala, enquanto gesticula com as mãos. Foto 2: Detalhe dos elementos que compõem o círculo de paz ao chão, como as palavras ‘paz, respeito, verdade, amor e justiça’. Em volta, aparecem apenas as pernas e pés dos participantes. Foto 3: destaque na mão de uma pessoa que segura um cartão de boas-vindas aos círculos realizados no projeto ELO.
 
Marco Cappelletti/ Fotos: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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