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MATO GROSSO

Projeto ELO: Rondonópolis se torna a ‘Capital da Justiça Restaurativa’

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O Projeto ELO – Fortalecendo a Justiça, realizado pelo Poder Judiciário de Mato Grosso, não para de surpreender. Durante toda a semana, o município de Rondonópolis (220 km ao sul de Cuiabá) se transformou na ‘Capital da Justiça Restaurativa”. Até a próxima sexta-feira (06 de outubro), terão sido realizados mais de 70 Círculos de Construção de Paz, aplicados em 21 escolas da rede estadual de ensino, com a participação de mais de 1.000 alunos. Os números são expressivos, assim como o projeto do Poder Judiciário de levar a pacificação social para 100% das do Estado.
 
A estratégia é desenvolvida pelo Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), que também é presidido pela presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva, e coordenado pelo juiz auxiliar da presidência do TJMT, Túlio Duailibi.
 
Temas como bullying, respeito, tolerância e empatia estão sendo trabalhados por facilitadores de círculos de construção de paz, com o objetivo de pacificar as relações no ambiente escolar e combater a evasão.
 
Dores emocionais, vividas em períodos importantes da vida, como a infância e a juventude, acabam se tornando traumas, vividos repetidamente ao longo da vida, como um gatilho sem fim. Com a dose certa de empatia, afetuosidade e responsabilidade emocional, diálogos bem estruturados, são capazes de promover a compreensão sobre o quanto semelhante são os desafios, as dores e as dificuldades experimentadas por todos. São nesses espaços, que jovens e adolescentes tem a possibilidade de expressar seus medos e até mesmo externar a existência de conflitos vividos dentro e fora do ambiente escolar, dando início ao processo de cura.
 
O gestor do Centro Judiciário de Solução de Conflito e Cidadania (Cejusc) de Rondonópolis, João Batista Barbosa Santana, chamou atenção para o poder de cura trazido pelos Círculos de Construção de Paz.
 
“Os círculos são ferramentadas extremamente transformadoras e com potencial de colher ótimos frutos. Nós sabemos que os círculos não estão restritos somente ao ambiente escolar, muitos outros ambientes podem ser alcançados de forma direta e indireta através desse movimento, que nós iniciamos dentro das escolas. Com certeza, os círculos são extremamente benéficos para a comunidade toda, e por isso, a nossa vontade de investir cada vez nessa ferramenta, para que mais pessoas conheçam e sejam beneficiadas. Essa troca que existe, onde a escuta é o principal fator aplicado pela metodologia, tem um enorme poder de curar, de transformar e de restaurar. É isso que os círculos buscam, restaurar aquilo que foi quebrado e prevenir. A Justiça Restaurativa é isso, é o resgate daquilo que cada tem de melhor, e servir de exemplo para que outros relacionamentos sejam curados”, frisou João.
 
A Diretoria Regional de Educação (DRE) de Rondonópolis é responsável pela orientação pedagógica de 67 escolas estaduais e mais de 40 mil alunos, distribuídos em 14 municípios. Sozinho, Rondonópolis reúne 30 escolas e mais de 23 mil alunos. Com a certificação dos 67 novos facilitadores, realizada pelo NugJur na última segunda-feira (02 de outubro), o Poder Judiciário cumpriu o desafio de cobrir 100% das escolas estaduais de Rondonópolis com a presença de pelo menos um facilitador de circulo de paz.
 
“É perceptível a expansão do movimento de pacificação trazido pelos círculos de paz. A escola é naturalmente um ambiente de conflito, dada a pluralidade e a diversidade de pessoas que nós temos no ambiente escolar, e isso diz respeito tanto aos profissionais quanto aos estudantes. E com a chegada dos círculos, nós temos percebido um movimento espontâneo que cresce entre os nossos profissionais, no sentido de provocar as unidades para que se tornem ambientes mais harmônicos de convivência. E a disposição de tantos profissionais em participar das formações, a preocupação, o empenho e o engajamento nos mostra exatamente isso”, comemorou a diretora Regional de Educação (DRE) de Rondonópolis, Andreia Cristiane de Oliveira.
 
“A mediação e o trabalho preventivo realizado pelos círculos de paz, são cada vez mais necessários mediante a atual situação que se encontra a sociedade. Com os círculos, nós temos percebido uma redução significativa no conflito entre os alunos. O que nós percebemos também é uma necessidade muito grande dos alunos de serem ouvidos, e esse é um momento que eles têm para eles, onde são ouvidos, apresentam seus conflitos, e com isso, eles passam a se sentirem mais interessados em estar na escola, isso também reflete na diminuição de problemas disciplinares e na evasão escolar. À medida que os círculos forem intensificados, também serão intensificadas as soluções para muitos problemas”, defendeu a diretora da Escola Estadual São José Operário, Regiane Pradela da Silva Bastos.
 
Participam dos círculos alunos de 12 a 19 anos, das Escolas Estaduais Daniel Martins Moura, E. E. Domingos Aparecido dos Santos, Escola La Salle, E. E. Joaquim Nunes Rocha, E. E. Emanoel Pinheiro, E. E. Major Otávio Pitaluga, E. E. Lucas Pacheco, E.E. Prof. Edith Pereira Barbosa, E. E. Maria Elza Ferreira Inácio, E. E. Santo Antônio, E. E. Prof. Amélia de Oliveira Silva, E. E. Prof. Elizabeth de Freitas Magalhães, E. E. Sagrado Coração de Jesus, E.E. Dom Pedro II, E.E. Adolfo Augusto de Moraes, E.E. Pindorama, E. E. São José Operário, E.E. Silvestre Gomes Jardim, E.E. Maria de Lima Cadidé, E.E. José Salmen Hanze e Escola Estadual Daniel Martins de Moura. Servidores do Fórum de Rondonópolis e profissionais da educação ligados à Diretoria Regional de Educação de Rondonópolis (DRE) também participam dos círculos.
 
#ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Primeira imagem: Círculo de Paz na Escola Estadual São José Operário. Segunda imagem: Gestor do Centro Judiciário de Solução de Conflito e Cidadania (Cejusc) de Rondonópolis, João Batista Barbosa Santana. Terceira imagem: Diretora Regional de Educação de Rondonópolis, Andreia Cristiane de Oliveira. Quarta imagem: Diretora da Escola Estadual São José Operário, Regiane Pradela da Silva Bastos.
 
Naiara Martins/Foto: Ednilson Aguiar
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Quebrando o silêncio e encorajando: “Se precisar, peça ajuda”

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Falar sobre saúde mental é algo desafiador nos tempos que vivemos, mas precisamos quebrar o silêncio e abordar esse assunto. Quantas pessoas estão, neste momento, passando por agonia, sem saber por onde começar? Muitas questões estão acumuladas no subconsciente, transformando a vida em uma aflição, quando, na verdade, a vida é um presente, uma dádiva.

No Brasil, o mês de setembro passou a ser dedicado a essa discussão a partir de 2015, por diferentes entidades que buscam esclarecer a população sobre o tema, usando a cor amarela. Assim surgiu o “Setembro Amarelo”. No entanto, uma campanha internacional teve início nos Estados Unidos após a trágica morte do jovem norte-americano Mike Emme, que tinha 17 anos. A família e os amigos não perceberam que Mike precisava de ajuda, e ele acabou tirando a própria vida.

Recentemente, a família do jovem norte-americano concedeu uma entrevista a um veículo de comunicação e compartilhou a dor da perda, que nunca tem fim para a família e os amigos. Contudo, ao olharem para a mobilização gerada pela morte do filho e a compaixão em ajudar outras pessoas a enfrentar problemas semelhantes por meio das campanhas, o sentimento de dor se transformou em uma missão de ajudar o próximo.

Histórias como essa estão por toda parte. Como mãe, esposa e atualmente servindo à população como primeira-dama do Estado, tenho a responsabilidade de falar sobre o assunto. Quero encorajar as pessoas a olhar mais para o próximo. Não estou falando de cuidar da vida do outro, mas de tentar perceber sinais que podem estar atormentando aqueles ao nosso lado. Da mesma forma, encorajo as pessoas que estão passando por problemas a encontrar um porto seguro e conversar com alguém; esse é o primeiro passo. Os sintomas do suicídio são silenciosos, e o escape se dá com a depressão, e nem sempre conseguimos identificar esses sinais.

Especialistas alertam que a depressão é uma doença psicológica grave e frequentemente subestimada, que pode levar ao suicídio. Caracterizada por alterações de humor, às vezes uma pessoa que demonstra uma alegria constante pode estar escondendo uma dor; tristeza profunda; baixa autoestima e sensação de falta de perspectiva. A depressão pode ter várias causas, incluindo fatores genéticos, perdas pessoais, desilusão amorosa e abuso de substâncias.

A doença faz com que a pessoa se sinta envergonhada, rejeitada e solitária, e, devido à sua subestimação social, pode levar a pensamentos suicidas como uma forma de escapar das angústias. É crucial buscar acompanhamento profissional para o tratamento da depressão, o qual pode reduzir significativamente o risco de suicídio.

Se você está passando por um momento difícil, saiba que não está sozinho(a). Pedir ajuda é um ato de coragem. Converse com alguém de confiança, procure um profissional e, se precisar, ligue para o CVV: 188.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), no Brasil, 12,6% dos homens, a cada 100 mil, em comparação com 5,4% das mulheres, a cada 100 mil, morrem devido ao suicídio. A única maneira de ajudar uma pessoa que está com pensamentos suicidas é o apoio de pessoas próximas e profissionais. Se precisar, peça ajuda; esse é o melhor caminho. Nem sempre conseguimos superar nossas fragilidades sozinhos. Além dos familiares e amigos, procure um profissional habilitado. O processo não é fácil, mas, com determinação e fé, a superação é uma questão de tempo.

Quem acompanha meu trabalho sabe que já passei por inúmeros desafios com minha saúde, momentos delicados. A única coisa que eu pensava era como superar algo que não dependia apenas de mim. Todas as doenças que enfrentei e a minha superação diária vão além da minha força de vontade. No meu caso, a fé em Deus, a minha família e a ajuda profissional foram primordiais, pois há momentos em que o corpo e a mente cansam. É nesse momento que precisamos ser humildes o suficiente para dizer: “Sim, eu preciso de ajuda”.

A vida é maravilhosa; a vida é um presente diário. “Se precisar, peça ajuda.”

Virginia Mendes é economista, mãe de três filhos, primeira-dama de MT e voluntária nas ações de Governo na área social por meio da Unidade de Ações Sociais e Atenção à Família (UNAF).

Fonte: Governo MT – MT

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