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MATO GROSSO

Projeto de pesquisa estuda biocurativo para tratamento de feridas na pele com óleo de copaíba e melatonina

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Um projeto de pesquisa está desenvolvendo um biocurativo fitoterápico a partir do óleo de copaíba associado ao hormônio melatonina, para tratamento de feridas na pele. O projeto é financiado pelo Governo do Estado, por meio do Programa Centelha II, que é executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O protótipo avançou nos testes in vivo, onde foram comprovadas suas propriedades físicas e químicas, como a viscosidade, a resistência ao calor, o pH, a condutividade da eletricidade, o tamanho das partículas e a distribuição delas na fórmula, características desejáveis para o tratamento de feridas.

O óleo de copaíba possui diversas propriedades terapêuticas como antibacteriana, anti-inflamatória e atividade na cicatrização, e o hormônio melatonina tem como função regular o sistema imunológico, protegendo as células seus efeitos antioxidante, fatores importantes para o tratamento de feridas.

O diferencial inovador do protótipo frente aos curativos existentes no mercado é a liberação modificadas das substâncias ativas (óleo de copaíba e melatonina), que são liberadas gradativamente no local da ação, garantindo uma janela terapêutica por um longo período de tempo com o número de aplicações reduzidas.

“As feridas na pele são muito frequentes durante a vida humana e geralmente são decorrentes de acidentes traumáticos, podendo ter como resultado o paciente imobilizado podendo ocasionar também infecções, afetando diretamente a qualidade de vida do paciente”, explica o coordenador do projeto.

O projeto “Biocurativo: a cura das feridas com fitoterápico e melatonina” é coordenado pelo pesquisador André Henrique Furtado Torres, da empresa Biolife Hub Ltda.

Ele explica que atualmente o tratamento de feridas é um problema social e econômico para o sistema de saúde pública no Brasil e no mundo.

O óleo de copaíba, destaca o pesquisador, é extraído da árvore denominada Copaifera spp., encontrada em todo o Brasil e possui uma abundante comercialização, com baixo custo.

“Todos os anos bilhões de dólares são gastos no mundo todo com tratamento de feridas, afetando os cofres públicos e empresas privadas. Nesse sentido, o desenvolvimento de novas alternativas de tratamento de feridas, tem sido muito importante para a qualidade de vida dos pacientes, com o custo de produção reduzido é um caminho promissor para a economia de empresas privadas e a saúde pública em todo o mundo”, destacou André Torres.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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