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Agronegócio

Projeto de lei busca proteger agronegócio brasileiro de restrições ambientais em acordos internacionais

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Um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados pretende impedir o governo brasileiro de assinar acordos internacionais que possam impor barreiras comerciais ao Brasil com base em exigências ambientais. A proposta, de autoria do deputado Tião Medeiros, visa resguardar o agronegócio brasileiro de possíveis sanções impostas por blocos econômicos que utilizam cláusulas ambientais para dificultar a exportação de produtos nacionais.

A proposta defende que o Brasil, sendo responsável por menos de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, não deve aceitar restrições comerciais impostas por países que não seguem o mesmo rigor ambiental.

O debate sobre o projeto surge em um contexto de crescente pressão internacional, especialmente da União Europeia, que tem implementado regulamentações mais rigorosas para produtos agrícolas importados. O deputado defende que o Brasil já adota normas ambientais rigorosas e que essas restrições externas são, em parte, movidas por interesses comerciais, afetando a competitividade dos produtos brasileiros.

O projeto segue em análise na Comissão de Meio Ambiente e, posteriormente, será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A expectativa é que ele avance antes da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), prevista para 2025. Segundo Tião Medeiros, é fundamental garantir que o Brasil não seja penalizado em acordos onde outros países, como os da Europa e Ásia, são responsáveis por uma parte maior das emissões globais de gases de efeito estufa.

Isan Rezende  –  Imagem: assessoria

A proposta tem o apoio de lideranças do setor agropecuário. Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), por exemplo, afirmou que a aprovação do projeto é crucial para evitar que o produtor rural brasileiro seja prejudicado por exigências que não levam em conta as realidades locais.

“É inaceitável que normas externas, muitas vezes movidas por interesses comerciais disfarçados de preocupações ambientais, coloquem barreiras ao nosso crescimento agrícola. Precisamos de uma legislação que reconheça a importância da sustentabilidade, mas que também proteja a viabilidade do produtor rural, garantindo que ele tenha condições de competir de forma justa no mercado internacional sem ser sufocado por exigências desproporcionais impostas por outros países”, defendeu Isan Rezende.

“Este projeto reflete a necessidade de equilibrar as preocupações ambientais com a manutenção da competitividade do Brasil no mercado internacional, especialmente em um momento em que o país enfrenta pressões para adotar padrões ambientais cada vez mais rigorosos”, continuou o presidente do IA.

Rezende ressaltou que Mato Grosso já saiu na frente com medidas protecionistas, referindo-se à recente sanção da Lei Estadual 226/2022 pelo governador do estado. “Essa é a primeira resposta legislativa direta contra acordos comerciais com restrições ambientais”, disse Isan, concluindo: “O Mato Grosso precisa servir de exemplo para outros Estados e para o Brasil.

A lei mato-grossense retira incentivos fiscais de empresas que aderem à moratória da soja, sinalizando uma postura firme do estado em defesa dos produtores locais. Para Isan Rezende, “essa legislação (saiba mais aqui) estadual, assim como o projeto apresentado por Tião Medeiros, servem como exemplos de como o Brasil pode agir para proteger seu setor agropecuário de imposições externas que desconsideram as particularidades da produção nacional”.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Plantio ainda está no início, mas colheita já tem data para começar

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O plantio da safra de soja 2024/25 no Brasil nem bem começou, e a data da colheita já está definida para o dia 7 de fevereiro de 2025, em Sinop, Mato Grosso. Com 18% da área estimada semeada, um avanço em relação aos 8% da semana anterior, a expectativa é que o ritmo de plantio se acelere nas próximas semanas, impulsionado pela melhora das chuvas em diversas regiões do país. Contudo, o índice ainda está abaixo dos 30% registrados no mesmo período do ano passado, refletindo um dos menores níveis de plantio desde a safra 2020/21.

Enquanto isso, estados como Paraná e Mato Grosso do Sul apresentam um desempenho mais robusto, com índices de plantio mais altos que os observados em anos anteriores. A AgRural indica que, apesar dos desafios no Centro-Oeste, Sudeste e Norte/Nordeste, as condições climáticas devem facilitar o avanço do plantio na segunda quinzena de outubro. No Sul, embora as chuvas tenham limitado o progresso no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a janela de plantio mais longa permite que o atraso não seja considerado crítico.

As expectativas para a colheita são promissoras, com projeções apontando para uma produção de 44 milhões de toneladas, representando um crescimento de 12,8% em relação à safra anterior. Além disso, a área cultivada deve aumentar para 57,9 milhões de hectares, sinalizando um futuro otimista para o agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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