“A África tem tudo para se tornar uma potência agrícola com capacidade para alimentar seu povo e também o mundo. O Brasil continuará a ser parceiro nessa empreitada. O programa Mais Alimentos permite que pequenos produtores possam ter acesso a financiamentos”, disse ele, sem dar mais detalhes sobre o projeto.
A CPLP é formada por nove países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. No evento de hoje, a presidência temporária da CPLP passou de Angola para São Tomé e Príncipe, para o biênio 2023-2025.
No discurso deste domingo, Lula destacou o trabalho conjunto dos países-membros da CPLP na promoção da segurança alimentar e nutricional, no desenvolvimento da agricultura familiar e em programas de alimentação escolar.
O governo federal retomou o programa “Mais Alimentos no Brasil” em junho deste ano, liberando recursos para o financiamento de máquinas e equipamentos que ajudem a implementar a produção sustentável pela agricultura familiar.
“Agora, você pode fazer uma reunião dos Brics com o G7 em condições de superioridade porque o PIB na paridade de compra os Brics tem mais. Os Brics agora representam 36,7% do PIB de paridade de compra, o G7, 29%. Então as condições geopolíticas para você negociar muda, e você negocia em conjunto”, disse o petista nesse sábado (26).
Brasil e São Tomé e Príncipe mantêm relações diplomáticas desde que a nação africana se tornou independente de Portugal, em 1975. Os dois países mantêm diversos programas de cooperação técnica nas áreas de educação, saúde, informatização do governo local, agricultura, alfabetização de adultos, defesa, infraestrutura urbana, polícia, previdência social, recursos hídricos e prevenção e controle do HIV/Aids.
Durante a visita deste domingo de Lula, Brasil e São Tomé e Príncipe também assinaram dois novos instrumentos bilaterais de cooperação, um para a facilitação de investimentos mútuos e outro na área de formação e treinamento diplomático.