Após mais de dois meses de greve , os professores da Universidade de Brasília ( UnB ) decidiram encerrar a paralisação em assembleia realizada nesta quinta-feira (20/6). A categoria analisou a proposta apresentada pelo Governo Federal e concordou em retornar às salas de aula a partir da próxima semana, com previsão de volta para o dia 26 de junho, quarta-feira.
A presidente da Associação dos Docentes da UnB (AdUnB), Eliene Novaes, ressaltou que a proposta do governo, apesar de aprovada, ainda não contempla todas as demandas da categoria.
“Nossa categoria deliberou pelo fim da greve em 26 de junho, proposta que será levada para o comando nacional. Houve uma aprovação da proposta apresentada pelo MEC, mas ainda não atendem todas as demandas da categoria”, explicou.
A assembleia também irá discutir a reorganização do calendário acadêmico e do semestre. Enquanto os docentes encerram a greve, os servidores técnicos-administrativos da UnB continuam em paralisação desde março, em movimento nacional por reestruturação da carreira e recomposição salarial.
Reajuste
O governo propôs aos professores um reajuste em duas parcelas, válido para os próximos dois anos, dividido em 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Além disso, foi acertada a reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira, com um impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.
Agora, as entidades representativas dos professores de universidades e institutos federais têm até sexta-feira (21/6) para fazer suas assembleias e deliberar sobre o acordo com o governo federal e o término da greve docente. No domingo (23/6), a direção deverá reunir os resultados dessas assembleias para definir os próximos passos.
Para os servidores técnicos, o governo propôs reajuste de 9% em 2025 e de 5% em 2026, além de aceleração na progressão na carreira e incentivo à qualificação dos servidores. A expectativa é que, com a concordância das entidades, os valores necessários para os reajustes no próximo ano sejam incluídos na peça orçamentária de 2025, a ser enviada ao Congresso Nacional até o fim de agosto.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.