O governo do Estado de São Paulo lançou nesta terça-feira (20), o programa Alfabetiza Juntos SP, que almeja alfabetizar 90% das crianças com idade máxima de 7 anos até o ano de 2026. No evento, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) reconheceu que os professores precisam de “melhores condições” e “melhores salários”.
“A gente sabe que os professores não têm a melhor estrutura nem os melhores salários, mas eles têm muito amor. E quando a gente for resolvendo as questões sociais, vamos dar melhor condições para eles trabalharem”, falou o governador durante o lançamento do programa.
A iniciativa, que conta com a aprovação e recursos do governo federal, vai oferecer apoio pedagógico aos municípios do estado de São Paulo para que as crianças possam ser alfabetizadas na idade certa.
O secretário da Educação Renato Feder, que já esteve envolvido em polêmicas em relação a sua atuação no cargo no ano passado , também esteve no evento. “A meta é chegar a 90% de fluência leitora até o fim da gestão. Esse é o grande objetivo. Não vamos poupar esforços. A gente tem muitos projetos. A gente quer estar junto, mas com ações práticas de apoio. Estado e municípios juntos pela alfabetização na idade certa”, afirma Feder.
De acordo com levantamento feito pela Apeoesp, mais de 5 mil professores ficaram sem dar aulas após a falta de atribuição delas. Tarcísio não comentou sobre esse problema, entretanto, elogiou os professores dizendo que “dão um duro danado” e são os “maiores bens” da educação.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.