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Agronegócio

Produção global deve atingir recorde de 421 milhões de toneladas na safra 24-25

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O mercado global de soja caminha para atingir novos recordes na safra 2024-25, com a produção estimada em 421 milhões de toneladas, um crescimento de 7% em relação ao ciclo anterior, segundo projeções do Conselho Internacional de Grãos (IGC). O aumento é puxado pelas boas colheitas dos maiores produtores, e também reflete a crescente demanda internacional, especialmente da China, que impulsiona o comércio e o consumo global.

A previsão é de que o comércio de soja atinja 179 milhões de toneladas, acompanhando a alta de 5% no consumo mundial. Os estoques globais de soja também devem alcançar patamares inéditos, reforçando o papel do grão como um dos mais importantes no mercado global de alimentos e ração.

Apesar das boas notícias para a soja, o IGC aponta uma queda esperada na produção de milho, o que contribui para a projeção de estoques finais de grãos no nível mais baixo dos últimos 10 anos. Enquanto a produção total de grãos, que inclui trigo e grãos secundários, deve atingir um recorde de 2,315 bilhões de toneladas, os estoques são estimados em 584 milhões de toneladas, com uma retração significativa nos estoques de milho e trigo.

No caso do arroz, outro destaque do relatório, a produção global também deve alcançar um recorde de 531 milhões de toneladas, favorecida pelos principais exportadores. As exportações de arroz podem bater um novo recorde de 56 milhões de toneladas, especialmente com a alta demanda na África e a flexibilização das restrições na Índia, que pode voltar a ser um dos maiores fornecedores.

O relatório do IGC também revelou uma queda de 1% no Índice de Grãos e Oleaginosas em relação a setembro, com os preços globais dos grãos sendo pressionados pela soja e pelo arroz, apesar da firmeza observada nos preços de outros grãos, como trigo e milho. O índice, no entanto, está 13% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior.

AMÉRICA DO SUL – A safra de soja na América do Sul, para o ciclo 2024/25, promete alcançar novos recordes, tanto em área plantada quanto em produção total, conforme projeções da consultoria Datagro.

A expectativa é que a área dedicada ao cultivo da oleaginosa atinja 71,4 milhões de hectares, representando um crescimento de 4% em relação ao ciclo anterior, que registrou 68,7 milhões de hectares. Com exceção do Uruguai, que deve manter a estabilidade, todos os principais países produtores da região devem ampliar suas áreas de plantio.

Mesmo com uma leve queda nos preços globais da soja, as condições para o plantio permanecem favoráveis, já que a demanda global se mantém firme, garantindo bons preços para os produtores sul-americanos. Com essa expansão da área e o aumento da produtividade, a produção de soja na América do Sul deve chegar a 237,9 milhões de toneladas, um salto de 10% em comparação às 216,6 milhões de toneladas da safra anterior.

A produtividade média na região também deve superar o recorde de 2019, com a previsão de alcançar 3.331 kg/ha, um aumento de 6% em relação ao ciclo anterior. No Brasil, o maior produtor do continente, a área plantada deve crescer 2%, totalizando 47 milhões de hectares. Com isso, o país poderá produzir 167,1 milhões de toneladas de soja na safra 2024/25, um aumento de 11% em relação à safra anterior.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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