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Agronegócio

Produção agroindustrial registrou o maior crescimento dos últimos 10 anos, segundo a FGV

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Em abril, a produção agroindustrial registrou o maior crescimento para o mês dos últimos dez anos, segundo o  Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), desenvolvido pelo Centro de Estudos do Agronegócio da FGV Agro. O crescimento foi de 12,1% na comparação anual, impulsionando a produção agroindustrial no primeiro quadrimestre deste ano a um crescimento acumulado de 4,1%.

Fortemente impulsionada pelas indústrias de alimentação de origem animal, biocombustíveis e de fumo, o segmento de produtos alimentícios e bebidas destacou-se com um aumento de 13,2%, o maior crescimento desde o início da série histórica em 2003. Este é o melhor resultado para o período desde 2018 e supera o desempenho da indústria de transformação, que cresceu 3,6% no mesmo período.

A indústria de alimentação de origem animal liderou os avanços, com um impressionante crescimento de 20,2%. Dentro deste segmento, houve significativos aumentos na produção de carnes bovina, suína, de frango, laticínios e pescados.

O segmento de produtos não alimentícios também apresentou um sólido desempenho, com um crescimento de 10,7%. A indústria de biocombustíveis foi o principal destaque, registrando um aumento de 27,4%, principalmente devido ao aumento da produção de etanol de cana-de-açúcar. A indústria de fumo também mostrou um crescimento robusto de 18,9% no mês.

Outro segmento que merece destaque é o de produtos têxteis, que teve um aumento de 14,5%. Este setor vem tentando se recuperar após um período de retração devido à pressão de custos e à competição com a indústria chinesa.

Em contraste com o desempenho positivo de outros setores, a indústria de insumos agropecuários registrou uma queda de 0,9% na produção. Este setor tem enfrentado desafios devido ao atraso na safra de verão, incertezas relacionadas à safrinha de milho e à pressão sobre as margens dos produtores rurais.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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