Após ser pressionado por diversos protestos e greves no país, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu anunciou que voltou atrás na decisão, e adiou o processo de votação da reforma do Poder Judiciário.
Durante o discurso que foi televisionado, Netanyahu diz que a medida de adiar a votação visa “evitar a divisão na nação”, completando que o adiamento da segunda e terceira leitura será até ” chegar a um amplo consenso”. As manifestações é considerada um das maiores já vista no país.
A reforma consistia que aumentar o poder do governo, ao qual seria possível a escolha dos membros dos tribunais israelenses, além de permitir que o Parlamento do país (Knesset) pudesse derrubar decisões tidas pela Suprema Corte.
Os apoiadores do governo foram favoráveis à proposta, especialmente os partidos de extrema-direita, a qual são a sustentação da coalizão liderada pelo Likud, legenda do primeiro-ministro.
Entretanto, a ideia foi recebida com grande resistência por parte da população e dos setores liberais do país. Isso gerou diversos protestos contra a reforma, que perduram a cerca de 12 semanas consecutivas em cidades como Tel-Aviv e Jerusalém. Segundo eles, a reforma desmontará o sistema de independência entre os poderes, e seria o fim da democracia em Israel.
Alguns críticos dizem que Netanyahu possui motivos pessoais para a tentativa de controlar o Judiciário, uma vez que ele responde três processos por suborno, quebra de confiança e fraude, todos julgados pela Suprema Corte.
Reservistas se recusaram a voltar a treinar com as Forças Armadas como forma de protesto contra a reforma. A ação foi um alerta para o governo, uma vez que Israel depende dos reservistas para garantir a segurança do país por ser uma região hostil.
No fim da última semana, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, foi demitido por Netanyahu por discursar defendendo que fosse abandonado a reforma pelo governo. A ação acabou gerando novos protestos espontâneos contra o governo.
Os partidos de extrema-direita criticaram a fala de Gallant, dizendo que não poderiam se “render á anarquia”. Entretanto, as divisões aumentaram nesta segunda-feira (27), após as centrais sindicais decretarem uma greve geral contra a proposta.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.