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SAÚDE

Primeiro medicamento contra Alzheimer começará a ser vendido nos EUA

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EUA pode aprovar integralmente primeiro medicamento para casos leves de Alzheimer
Agnes Faria

EUA pode aprovar integralmente primeiro medicamento para casos leves de Alzheimer

O medicamento Leqembi, desenvolvido pelas empresas farmacêuticas Eisai e Biogen, obteve uma aprovação acelerada em janeiro com base em evidências de sua capacidade de eliminar o acúmulo de placas amiloides no cérebro, que estão associadas à doença de Alzheimer.

Porém, devido a uma decisão de cobertura prévia do CMS (que oferece seguro para muitos pacientes idosos com Alzheimer por meio do Medicare), o medicamento não está sendo amplamente utilizado. Seu preço é de $ 26.500 antes da cobertura do seguro.

Aprovada apenas para pacientes com formas iniciais da doença de Alzheimer, como comprometimento cognitivo leve ou demência leve, desde que apresentem placas amiloides no cérebro. O Dr. Lawrence Honig, neurologista da Universidade de Columbia, estima que esse grupo represente cerca de um sexto dos mais de 6 milhões de americanos diagnosticados com Alzheimer atualmente.

Um novo começo

Pacientes com estágios mais avançados da doença podem não se beneficiar da droga e podem enfrentar maiores riscos de segurança.

Segundo Honig, que forneceu consultoria a empresas farmacêuticas que trabalham com medicamentos para o Alzheimer, não se sabe se o medicamento é eficaz para pessoas com doença moderada ou grave.

Mesmo para aqueles que podem se beneficiar do medicamento, de acordo com Honig, ele não é uma cura definitiva. Em um ensaio clínico de 18 meses, o Leqembi mostrou reduzir o declínio na capacidade e função cognitiva em 27%.

“Hoje em dia, os tratamentos que temos são apenas o começo de uma nova era”, afirmou Honig. “Estamos esperançosos em relação ao desenvolvimento de tratamentos mais eficazes.”

A droga também apresenta efeitos colaterais e requer monitoramento por meio de imagens cerebrais regulares. Aproximadamente 13% dos participantes do estudo experimentaram inchaço ou sangramento cerebral, sendo que esses riscos podem ser maiores para certos grupos com base em sua genética ou se estiverem tomando medicamentos anticoagulantes.

Os sistemas de saúde estão se preparando para um uso mais amplo do medicamento.

“É uma situação complexa e, devido a todas essas complicações, estamos sendo muito cautelosos, dedicando tempo e preparando o sistema para isso”, afirmou o Dr. Georges Naasan, diretor médico da Divisão de Neurologia Comportamental e Neuropsicologia do Mount Sinai.

A administração da droga é feita por infusão intravenosa a cada duas semanas. Os centros de infusão estão se preparando para um possível aumento no número de novos pacientes.

“Em certas regiões, esperamos um aumento de cerca de 15% a 20% no número de pacientes encaminhados para este medicamento”, afirmou Sue Rottura, diretora de operações da Vivo Infusion, empresa que fornece serviços de infusão para aproximadamente 50.000 pacientes nos Estados Unidos. “Sabemos que em clínicas na Flórida, pode ser necessário aumentar a capacidade dessas clínicas, o que pode envolver a ampliação dos dias de atendimento, o aumento das horas ou a oferta de horários nos finais de semana”.

A farmacêutica Eisai afirmou que não espera que todas as pessoas com doença de Alzheimer precoce procurem utilizar o medicamento imediatamente.

“No momento, esperamos que esse número seja muito, muito menor”, disse Ivan Cheung, CEO da Eisai nos EUA. “Talvez daqui a alguns anos, quando essas opções terapêuticas estiverem disponíveis, os testes forem reembolsados, esse número possa aumentar ainda mais, mas acredito que não veremos um milhão de pessoas nos próximos anos”.

Cobertura expandida

A CMS afirmou que forneceria cobertura mais ampla para Leqembi caso recebesse aprovação tradicional da FDA. No entanto, há algumas qualificações.

O Medicare cobrirá medicamentos aprovados quando médicos e equipes clínicas participarem da coleta de evidências sobre o desempenho desses medicamentos no mundo real, por meio de registros. Essas informações ajudarão a avaliar a utilidade dos medicamentos para beneficiários do Medicare.

Os provedores poderão enviar as evidências por meio de um portal gratuito facilitado pela CMS.

A CMS divulgou mais detalhes sobre seu plano de cobertura de novos medicamentos para Alzheimer no final de junho. Está colaborando com várias organizações que estão preparando seus próprios registros, permitindo que os médicos escolham em qual registro participar.

A agência está buscando dados que ajudem a responder a várias perguntas formuladas em sua determinação de cobertura nacional, incluindo se o medicamento melhora significativamente os resultados de saúde em pacientes na prática comunitária, se os benefícios e riscos variam com base nas características dos pacientes, profissionais e ambiente, e como esses benefícios e riscos mudam ao longo do tempo.

Grupos de pacientes e a indústria farmacêutica expressaram preocupação em relação ao uso de registros, alegando que isso criará uma barreira ao tratamento.

Uma ampla cobertura do Medicare para Leqembi e medicamentos semelhantes para retardar a progressão do Alzheimer teria um impacto significativo nos gastos do programa.

Se 10% dos cerca de 6,7 milhões de idosos estimados utilizassem o Leqembi a um preço anual de tabela de US$ 26.500, isso aumentaria os gastos em cerca de US$ 17,8 bilhões, de acordo com uma análise da KFF (antiga Kaiser Family Foundation). Isso ultrapassaria o gasto total com os 10 principais medicamentos da Parte B administrados em consultórios médicos em 2021.

Esse aumento nos gastos pode levar a prêmios mais altos do Medicare Parte B para todos os beneficiários.

Fonte: Saúde

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SAÚDE

ALERTA NA SAÚDE:Estado de São Paulo confirma primeira morte por febre amarela em 2024

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A febre amarela é causada pelo vírus transmitido pela picada de um mosquito silvestre. Foto: Arquivo

Por g1 Campinas e Região

O estado de São Paulo confirmou a primeira morte por febre amarela em 2024. A vítima era um homem de 50 anos que morava no bairro Jaboticabal, em Águas de Lindóia (SP), e se deslocava pela região de Monte Sião (MG).

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente manifestou os primeiros sintomas no dia 23 de março e morreu seis dias depois no Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas (SP), onde permaneceu internado.

A hipótese de dengue ou outras arboviroses urbanas foi descartada, assim como as possibilidades de febre maculosa e hantavirose. A suspeita de febre amarela foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz no dia 13 de abril.

Ainda segundo a Prefeitura, o paciente trabalhava no Sul de Minas e trabalhava na cidade mineira, por isso, a suspeita é de que o caso tenha sido importado. A pasta destacou que a cidade não tem nenhum outro caso identificado até então.

Com a confirmação, a Secretaria de Estado da Saúde informou que vai intensificar as ações de vigilância em saúde e vacinação na região de Águas de Lindóia, “reforçando a importância da vacinação e conscientização sobre a imunização de rotina, não apenas em momento epidêmico ou pandêmico para evitar casos mais graves”.

 A vacina contra Febre Amarela faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde do estado. Até o último dia 22 de abril, em todo o território estadual, a cobertura vacinal contra Febre Amarela é de 68,47%.

Para Regiane de Paula, coordenadora da Vigilância em Saúde, a vacina é imprescindível para quem irá viajar para o interior e outros estados. “A vacina da Febre Amarela tem um período de 10 dias para criar anticorpos, desta forma, quem for viajar para zona de mata, ir para acampamentos, trilhas, cachoeiras, é de suma importância a imunização o quanto antes”.

O que é a febre amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos infectados. Ela possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano.

Em área rural ou de floresta, os macacos são os principais hospedeiros e a transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores infectados Haemagogus e Sabethes. Nas cidades, a doença pode ser transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti.

Os sintomas iniciais da febre amarela são:

  • febre
  • calafrios
  • dor de cabeça intensa
  • dores nas costas
  • dores no corpo em geral
  • náuseas e vômitos
  • fadiga e fraqueza

Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver sintomas como:

  • febre alta
  • icterícia
  • hemorragia
  • eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer. Assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, é fundamental buscar ajuda médica imediata.

Tratamento

O tratamento da febre amarela é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização deve permanecer em repouso. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito.

Vacinação

A vacina é a principal ferramenta de prevenção da febre amarela. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o imunizante para toda população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ela é administrada via subcutânea, está disponível durante todo o ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos que são vacinados pela primeira vez. A vacinação para febre amarela é ofertada na rotina em todos municípios do país.

No entanto, o imunizante é contraindicado para os seguintes grupos:

  • Crianças menores de 9 meses de idade;
  • Mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade;
  • Pessoas com alergia grave ao ovo;
  • Pessoas que vivem com HIV e que tem contagem de células CD4 menor que 350;
  • Pessoas em de tratamento com quimioterapia/radioterapia;
  • Pessoas portadoras de doenças autoimunes;
  • Pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo).

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