A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, venceu as eleições legislativas neste domingo (7), o que a garantiu seu quinto mandato no cargo. O pleito ocorreu em meio a protestos da principal oposição, o Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP), que denunciou uma “farsa eleitoral”.
Outros partidos menores, que sofreram nos últimos meses com detenções em massa, também se juntaram às acusações e apostavam que as votações não seriam “nem livres, nem honestas.”
Na manhã deste domingo, após votar na capital, Daca, Sheikh afirmou aos jornalistas que o BNP era uma “organização terrorista”. A declaração ocorreu após os opositores da primeira-ministra convocarem uma greve geral no fim de semana e pedirem à população não ir votar.
Muitos residentes entrevistados pela AFP disseram que não votaram, pois “o resultado era previsível”. O líder do BNP, Tarique Rahman, denunciou a manipulação das urnas.
“A vitória manipulada de Sheikh Hasina, apesar de não ter uma oposição real, realça preocupações generalizadas sobre todo o processo eleitoral, corroendo os alicerces dos princípios democráticos”, afirmou ele no X (antigo Twitter). Tarique vive exilado em Londres desde 2008.
A Liga Awami, partido da primeira-ministra, de centro-esquerda, “conquistou mais de 50% dos assentos” no Parlamento unicameral, declarou um porta-voz da comissão eleitoral à AFP, horas após o encerramento das seções de votação.
A Somoy TV, principal emissora de televisão privada do país, havia indicado que a Liga Awami e seus aliados obtiveram pelo menos 60% dos assentos no Parlamento, após a divulgação dos resultados de 225 dos 300 assentos.
A governante de 76 anos, que está no poder desde 2009, comandou o país em um período de crescimento meteórico e de redução da extrema pobreza. Contudo, sua gestão também é acusada de graves violações aos direitos humanos e de repressão implacável à oposição. Bangladesh é oitava nação mais populosa do mundo, com cerca de 170 milhões de habitantes.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.