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MATO GROSSO

Primeira-dama de MT leva Programa SER Família Mulher a Sorriso e destaca o compromisso com a segurança das Mulheres

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A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, esteve em Sorriso nesta quinta-feira (18.10) para a cerimônia de assinatura do Termo de Adesão do município ao programa SER Família Mulher, idealizado por ela. A programação faz parte da Expedição SER Mulher – MT Por Elas. Além de Sorriso, aderiram ao programa os municípios que compõem a Região Integrada de Segurança Pública (RISP): Cláudia, Feliz Natal, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã, Santa Carmem, Sinop, União do Sul e Vera.

Virginia Mendes agradeceu ao prefeito Ari Lafin e à primeira-dama do município pela dedicação às ações, especialmente na área social. Na região, foram investidos mais de R$ 10 milhões na assistência social durante o atual Governo.

“Vocês dedicaram a vida de vocês à população nos últimos oito anos, enfrentaram muitas dificuldades. Na verdade, enfrentamos, com a pandemia, inúmeros obstáculos, mas a união e o esforço de vocês alcançaram muitas conquistas. Me orgulho de viver essa parceria. Sei como a primeira-dama Jucélia está se sentindo, porque quando a gente começa um trabalho, queremos continuar. Parabéns a vocês dois! Prefeito, Mauro tem muito orgulho do senhor”, disse Virginia Mendes.


Foto: João Reis

A primeira-dama destacou o passo que os municípios deram ao aderir ao programa SER Família. “Com os profissionais habilitados e a adesão ao programa, os municípios terão condições de atender as vítimas de violência doméstica e, ao mesmo tempo, combater o feminicídio. Temos uma lembrança muito triste de uma família aqui de Sorriso, quando a mãe e suas três filhas foram brutalmente assassinadas por um delinquente que estava solto. Olha o sofrimento que essa família vive”, lembrou.

“Esse projeto é um sonho, é a menina dos meus olhos, para que a violência contra as mulheres acabe. Para isso, precisamos de união, do apoio da Polícia Militar, Polícia Civil, das prefeituras em parceria com o Governo do Estado e de todos que estão aqui. É importante que as mulheres denunciem e que tenham força. Ainda precisamos de leis mais duras; precisamos banir os crimes de violência doméstica e feminicídio. Vamos continuar insistindo”, ratificou Virginia Mendes.

Jucélia Ferro agradeceu o apoio da primeira-dama Virginia Mendes e lembrou que não é possível tolerar crimes contra a vida como os que têm ocorrido. “Virginia, parabéns pelo seu trabalho, por estar ao nosso lado, pela força e pela inspiração que você é para todos nós. As ações de combate à violência contra a mulher afetam toda a sociedade; não pode existir, no século XXI, violência contra o outro. Precisamos nos respeitar”, ratificou.


Foto: João Reis

Para o prefeito Ari Lafin, o programa SER Família reforça a rede de proteção. “Esse programa traz mais força aos mecanismos que temos em defesa da mulher. Eu digo com tranquilidade, dona Virginia, você tem aqui uma general na operação que se chama Jucélia, que enfrenta e empodera as mulheres”, pontuou.

De acordo com a procuradora do Estado, Glaucia Amaral, o SER Família Mulher chamou ainda mais a atenção para o combate à violência contra mulheres e feminicídio. “Esse programa é o que a gente pedia e o que talvez a gente vislumbrasse, e, para nossa surpresa, recebemos, nesse programa, ações completas. Não é apenas o auxílio financeiro, mas que a violência contra a mulher seja encarada como um problema sério de segurança pública.”

Representando a delegada-geral da Polícia Judiciária Civil (PJC), o delegado Carlos Santos falou da importância do treinamento aos policiais e da forma humanizada implantada pela primeira-dama do Estado. “Todos os policiais estão aqui em um preparo excepcional, e muito nos honra essa continuidade da ação, porque hoje temos resposta rápida. Existe um entendimento diferenciado, e o que você, dona Virginia, está fazendo é humanizar ainda mais as ações da nossa polícia. Agradeço de coração pelo que tem sido feito; transmita os nossos agradecimentos ao governador Mauro Mendes. Estamos honrados por fazer parte de tudo isso.”

A Expedição teve início em maio de 2024 e já está na 8ª edição. As RISP percorridas foram: Cáceres, Nova Mutum, Juína, Primavera do Leste, Rondonópolis, Vila Rica e Água Boa. Ao todo, 33 municípios participaram, com um total de 863 atendimentos em capacitação destinada à Polícia Civil e Militar, Polícia Técnica Científica, Rede Socioassistencial, Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher, Rede de Saúde, entre outros.

Participaram da cerimônia a secretária de Estado de Assistência Social (Setasc), Cel. Grasi Bugalho; o secretário-adjunto de Segurança Pública, Cel. Heverton Mourett; o comandante da PM, Ten. Cel. Jorge Almeida; a delegada da PJC, Jéssica Assis; o comandante da Regional 3 do Corpo de Bombeiros, Ten. Cel. Fernando; o ex-comandante-geral, Cel. Denardi; Padre Valdivino, Pároco da Paróquia Santa Luzia, entre outras autoridades.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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